Supersônicas

Rodas de Conversa reacendem o folclore, no Teatro do Incêndio, em São Paulo

quarta, 16 de maio de 2018

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Dentro do projeto “Rodas de Conversa - A Gente Submersa”, da Cia do Teatro do Incêndio, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, que reúne mestres da cultura popular e comunidades tradicionais, na próxima sexta, dia 18 de maio, apresenta-se o Grupo de Pau e Corda Kuatá de Carimbó, criado em 2010, na Vila de Alter do Chão (PA). Integrante do movimento de carimbó do oeste do Estado, que fez parte da luta para reconhecimento do gênero como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo IPHAN, em 2014, o grupo faz pré-lançamento de seu primeiro EP. Tendo como referências o Mestre Verequete e mais Lucindo, Chico Braga e Grupo Espanta Cão, eles também embrenham-se em ritmos como curimbó e marambiré, tradicionais da Festa do Çaire local.

Pau e Corda Kuatá de Carimbó (foto de Kevin Gonzalez)


Dia 25 de maio, é a vez do Fandango de Tamanco de Ribeirão Grande (SP). Sua dança é executada, apenas por homens, com tamancos de madeira e palmeados, com as queromanas, as modas que relatam causos da vida rural, acompanhados por sanfona pé-de-bode (oito baixos) e/ou violas.

Fandango de Tamanco (Divulgação)


Dia 1º de junho, o Moçambique Cambaia, de São Benedito do Cruzeiro (SP), fundado em 1947, liderado pelo mestre Silvio Antônio comanda a roda de conversa sobre o moçambique de bastão. Dança folclórica de caráter religioso, encena coreografias realizadas ao ritmo das caixinhas (o sambado e a marcha), com manejo de bastão e simulações guerreiras, adornadas pelo retinir de guizos e paiás, presos às pernas dos dançantes. Somam-se 20 componentes, distribuídos nos papéis de mestre, contramestre, soldado, cacheiro, rainha e meirio.

Maçambique de Bastão (Divulgação)


Dia 8 de junho, finaliza o projeto o Samba de Bumbo do Cururuquara. Ele é formado por descendentes de escravos que habitavam o bairro de Cururuquara, localizado a 15 quilômetros do centro de Santana do Parnaíba (SP). O samba de bumbo, ou samba rural paulista teria nascido nas fazendas cafeeiras do Vale do Paraíba e do Oeste Paulista. De acordo com a tradição oral, a mais antiga memória deste gênero é da festa da abolição da escravatura, em 1888, realizada na Capela de Santa Cruz, onde os sambistas de bumbo ficaram quatro dias tocando, celebrando a liberdade e a doação de terras recebidas de um fazendeiro. Há alguns anos, eles perderam essas terras, mas mesmo assim voltam anualmente à Capela dos Escravos para louvar a São Benedito e comemorar a libertação. 

 Samba de Bumbo do Cururuquara (Divulgação)

 

SERVIÇO
Rodas de Conversa / Vivência: A Gente Submersa
Horários: Sextas-feiras, às 20 horas
18 de maio - Kuatá de Carimbó
25 de maio - Fandango de Tamanco de Ribeirão Grande
1º de junho - Moçambique de Cambaiá
8 de junho - Samba de Bumbo do Cururuquara
Local: Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 48 – Bela Vista/SP. Tel: (11) 2609 3730 / 2609 8561
Entrada franca (não há necessidade de retirar ingresso). 
Duração: 2h. Capacidade: 90 lugares.
http://www.teatrodoincendio.com/
https://www.facebook.com/teatrodoincendio/ 


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