Supersônicas

Keco Brandão acolhe convidados em “Com vida”

por Tárik de Souza

quarta, 20 de setembro de 2017

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Nascido em Porto Alegre, Keco Brandão morou no Rio, Recife e São Paulo, onde alinhou-se com a vanguarda paulistana (Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola, Vânia Bastos), formou as bandas Ópera Brasil e O-Kotô, que mesclava jazz fusion, música japonesa, rock e pop. Forjado também na urgência e limites do mercado dos jingles, ele foi encorajado a cantar por Gal Costa e Jane Duboc.

No CD/DVD “Com vida” finalmente estréia solo, porém acompanhado, por convivas que distribuem fartos elogios ao anfitrião nas imagens, registradas por Rodolfo Lacerda. Mesmo assim, Keco, entrincheirado no piano, teclados e arranjos, quase sempre prefere ceder o microfone a outros intérpretes. Como Zizi Possi (“A força”, de Ivan Lins e Vitor Martins), o próprio Ivan Lins (“Encontro dos rios”, outra dele, com Celso Viáfora), Fabiana Cozza (“Cura”, ágil sincopado de Keco e Carlos Saraiva), Filipe Catto (“Viagem”, de Rafael Altério e Élio Camalle), Tatiana Parra (Timidez”, de Keco e Jair Oliveira e “Pasarero”, de Carlos Aguirre), Denise Melo (“Na contramão”, de Keco com ela).

A mineira Simone Guimarães singra tanto uma versão letrada do megaclássico do espanhol Joaquim Rodrigo, “En Aranjuez com tu amor” (versos de Alfredo Garcia Segura) quanto “Filho do mar” (de Keco e Rita Altério). O americano Sachal Vasandani surpreende na versão de Jack Segal para o megaclássico “Eu e a brisa”, de Johnny Alf (“Sweet bird of youth”).

Músico e arranjador de escrita fina, Keco sola “Emilia”(Lyle Mays/ Pedro Aznar), mas seu recado final é transmitido por Heitor Branquinho, em “Agnus Dei”: “se a metade soubesse do poder que age/ e habita em nossas mãos/ brilharia em meio a escuridão”. 


Fonte da Imagem: http://bit.ly/2xwoWaR 

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