Supersônicas

Cris Braun e Dinho Zampier sugerem roteiros imaginários em “Filme”

por Tárik de Souza

quinta, 16 de novembro de 2017

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Ouça o disco, veja o filme. Ou melhor, ouça “Filme” (Independente/Tratore) e imagine um roteiro. A ex- Sex Beatles Cris Braun, gaúcha radicada em Maceió, uniu-se ao tecladista, produtor e arranjador Dinho Zampier (banda Mopho e metade da dupla Figueroas), alagoano, para perpetrar uma trilha imaginária, alinhavada nas entrelinhas das 11 faixas do CD.

“O desejo de compor uma trilha sonora foi o ponto de partida. E como não havia nem haverá o filme, usamos a narrativa musical-sonora como fio condutor, e não uma história ou roteiro de texto. O que, por outro lado, nos deu bastante liberdade para imaginar, e permitir que o ouvinte também imagine o que quiser”, decupa Cris.


Os temas são inéditos, à exceção de “Escorpiões”, de Alvin L, do repertório dos Sex Beatles (banda cult dos anos 90, onde Cris era vocalista), e a releitura jazzística de uma ária da ópera “Tieteberga”, do erudito barroco Antonio Vivaldi (1678-1741). Permeado pela psicodelia, entre vinhetas, faixas instrumentais e cantadas, há desde baião eletrificado (“Água branca”) e estilizado (“A louca chama”), a folk (“Wedding”), valsa pop (“Doña Rita de Quevedo”) e o concretismo vanguardista de “Cheio”. “Filme” (inclusive a climática faixa título) aposta na lira do delírio.

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