“Mentira de ator”, desvela a teatralidade musical de Eduardo Rangel

Descoberto por Hermínio Bello de Carvalho num festival em Brasília, sua cidade natal, aos 16 anos, Eduardo Rangel estreou num disco registrado ao vivo, no saudoso Mistura Fina carioca. O segundo “Eduardo Rangel e a Orquestra Filarmônica de Brasília” arrebanhou 60 instrumentistas, sob regência do maestro Joaquim França. O terceiro, “Estúdio”, contou com as participações de Leo Gandelman, Milton Guedes e Torcuato Mariano. Rangel já teve músicas gravadas por Edson Cordeiro, Marcio Faraco, Ju Cassou e Célia Porto.

Ele traz seu show “Mentira de ator”, pela primeira vez ao Rio, no Memorial Getúlio Vargas, na Glória, no próximo dia 27, com direção cênica de Murilo Grossi e cenografia de Cibele Bahia e Lauro Fialho. Vai se apresentar solo, ao teclado e violão, e utilizará recursos teatrais para percorrer extremos estéticos, da debochada moda de viola de sucesso na voz de Inezita Barroso, “Marvada pinga” (Ochelsis Laureano) à classuda (e rigorosa) “Beatriz”, de Chico Buarque e Edu Lobo. De “Odeio rodeio” (Chico Cesar) a “Minha alma”, sucesso do Rappa, além de composições próprias como “Noves fora”, e releituras de Lamartine Babo, Amália Rodrigues, Torquato Neto, outras de Chico Buarque, e poemas do matuto Catulo da Paixão Cearense.