A incrível trajetória do Falamansa, escalado para o Cine Jóia em SP
por Tárik de Souza
Protagonista central do fenômeno denominado forró universitário, no final dos anos 90, o grupo Falamansa apresenta-se no próximo dia 24, no Cine Joia, na Praça Carlos Gomes, na Sé, na capital paulista. A história do grupo começou em 1998, no último dia de inscrição para o 3º. Festival de Música do colégio Mackenzie, em São Paulo. O DJ de forró, Tato, tinha algumas composições e decidiu concorrer com uma delas, “Asas”.
Ele relata: “Entrei na sala de inscrições, estavam todos muito eufóricos com o evento falando alto e ao mesmo tempo. Quietinho, entreguei a ficha de inscrição junto com uma fita cassete, virei as costas e fui embora. Quando estava saindo, ouvi: ‘Espera aí. Falta o nome da banda’. Com toda aquela bagunça, não pensei duas vezes e disse: Falamansa. O cara respondeu: ‘é a sua cara’”.
Detalhe crucial: não havia a tal banda, que Tato foi obrigado a montar em regime de urgência, já que ele foi um dos 20 classificados entre 160 grupos inscritos no festival. Convocou Alemão, um amigo DJ que tocava zabumba. Ele levou o vizinho, Dezinho, com seu triângulo, que ao lado de um flautista e um baixista, integraram a primeira formação do Falamansa. “Asas”, com apenas dois ensaios, abocanhou o segundo lugar do certame. Josivaldo Leite, o Waldir do Acordeon, foi incorporado, e o álbum “Deixa entrar”, cartão de visita independente do grupo, ganhou o selo Deck, distribuído pela Abril Music. Dos 21 mil compradores iniciais, pulou para 900 mil em um ano, puxado entre outros por “Rindo à toa”. O Falamansa tinha residência às terças-feiras, na casa de show Remelexo, de Pinheiros, na capital paulista e ganhou o país.
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