Supersônicas

A bossa de Hamleto Stamato na “Ponte aérea”

quinta, 15 de março de 2018

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Filho do saxofonista e flautista homônimo, que integrava a banda de Hermeto Pascoal, o pianista, arranjador, produtor e compositor Hamleto Stamato celebra trinta anos de carreira a bordo de seu oitavo CD solo, Ponte aérea (Fina Flor).

Com ele, Erivelton Silva (bateria) e Augusto Mattoso, baixista, completam um trio típico da era samba jazz da bossa nova. O repertório, a propósito, mescla inéditas do solista, a auto explicativa “Samba para o pai” e a faixa título, “Ponte aérea”. Da fase áurea da bossa entraram “O morro não tem vez” e até mesmo uma ralentada “Garota de Ipanema”, ambas composições de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, além do afro samba “Berimbau”, de Baden Powell e o mesmo Vinicius. Também foi escalada “A rã”, de João Donato, letrada por Caetano Veloso e duas pérolas reluzentes do maestro pernambucano Moacir Santos, “Coisa no. 2” (de seu célebre álbum “Coisas”, de 1965) e “April child”, letrada pelos ases da american song, Jay Livingston e Ray Evans, do disco “The Maestro”, de 1972.

Hamleto trata os temas com sutileza e energia sem desprezar as dissonâncias herdadas de um movimento que veio para desafinar o coro dos contentes e conformistas estéticos. “Estou muito feliz de chegar aos 30 anos de carreira e poder registrar neste trabalho um pouco da riqueza do nosso cancioneiro com a total liberdade de explorar tanto os arranjos quanto as interpretações”, comemora Hamleto que atualmente vive na ponte Brasil-Holanda. 


Fonte da Imagem: Facebook | Fotografia de Fotografia Márcia Moreira

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