Ana Petkovic, filha do craque, brinca nas onze em “Mais & mais”

Craque de bola, que jogou nos clubes brasileiros Vitória, Vasco, Flamengo e Fluminense, o sérvio Dejan Petkovic, o Pet, tem seu legado propagado na música popular.

Nascida em Madri, criada entre Salvador e o Rio, com estadias na China, Arábia Saudita e atual residência na Sérvia, sua filha, Ana Petkovic, de 20 anos, estréia como cantora (e autora) num disco produzido no Brasil, por Max Viana (filho de Djavan) e Linox. “Mais & Mais” (Independente) revela uma intérprete pop poliglota em línguas (faixas em inglês, “Unforgivable”, “Nobody”, e espanhol, “Sueños”) e estética, com ênfase no segmento pop rock. Como nas releituras de “Quase um segundo”, do paralama Herbert Vianna, e “Nada vai mudar isso”, de Paulinho Moska. E no dueto acendrado com o autor, Linox, no rascante “Encurralado” (parceria dele com Mauricio Oliveira): “Eu tô constantemente num sinal fechado/ eu tô bem longe de casa/ eu tô bem perto do fim/ eu tô voando sem asa/ eu tô morando fora de mim”. Nas baladas como “Cada dia” (parceria com os produtores Max e Linox, como na maioria das autorais), Ana rasga a voz na direção do soul, de quem impregnou-se de Amy Winehouse. E nos rocks mais acelerados, como “Na fé”, põe em prática as aulas de canto lírico, que a família exigiu, junto com piano, violão e guitarra.

“Meu gosto musical é eclético, amo canções do tempo que não vivi. Sou meio old school”, define-se.

A faixa título, de Max Viana e Cassiano Andrade, projeta suas demandas: “Hoje eu quero mais/ e mais e mais. Do que eu queria/ que loucura pode ser/ as paredes vão saber/ deixa a vida surpreender”. E arremata no texto de apresentação do disco: “Por causa do futebol pude viver no Brasil, conhecer sua música, assimilar sua essência. Meu pai é um ídolo brasileiro nascido em outro país. Tudo que eu pretendo é ser uma cantora brasileira com os dois pés no mundo”.  

A cantora se apresenta na praia de Copacabana, dia 31 de dezembro, às 19h, no palco em frente ao Copacabana Palace