Gal reluz no Circo Voador

Resenha por Catarina Dall'orto

sexta, 23 de junho de 2017

Compartilhar:

“Eu tô meio jogada no mundo, desde muito tempo, jogada de peito aberto, sejam bem vindos ao ESTRATOSFÉRICA! Espero que vocês se divirtam.”

Foi assim que ela nos recebeu no último sábado dia 17/06. O Circo Voador estava lotado, e nós, o público - catávamos brechas para assistir todos os momento dessa artista estonteante que é a Gal!

Ela olha o público, ela ri e se ri conosco e solta a voz, a multidão canta junto, ela pulsa a cada frase com frescor “...uma canção pra ela...para lançar no espaço sideral...”

A cantora fez do Circo um espaço interestelar: com seu vestido translúcido de largas tiras compondo seu timbre único, ela canta e se encaixa no compasso dos quadris em requebrados miúdos. A banda estava engajada no rock, de guitarra rasgante, teclados abusados e cama de violão. Ao olhar para o palco víamos um tecido fechando a caixa preta com infinitas constelações que a cada troca de luz nos levava para muitos céus, sob os músicos surgiam raios de luz cortantes, feixes como flechas, cometas. Ela pôs as mãos nas cadeiras cantou e nos encantou assuntando histórias.

“Você acha que eu tenho a idade que eu tenho? Eu não! Falo Sério!”

Foi nesse clima gostoso que o show Estratosférica aconteceu, as canções novas, mais pareciam músicas consagradas pois já estavam na boca dos fãs. Agora os clássicos, MEU AMOR, aguenta coração! A presença e voz vigorosa  de Gal nos levou a cantar  juntos e fluir com muita intensidade, eu olhava ao redor e via as pessoas cantando com força e vibrando as ideias que continham naquelas composições. Ela jogou seus pensamentos sobre nós. Que melhor foi ter estado nesta noite, vê-la e ouvi-la:

 “Vocês sabem que quando a gente canta junto, emite uma luz que pode salvar o mundo.”

Com mais de 50 anos de carreira Gal celebra nesse show um eminente contágio de musicalidade e razão de ser, podia-se ouvir por todos os cantos da Nave Circo aquela mulher suave e forte, de tal maneira que nos estremecia.

“Meu nome é Gal, tenho 71 anos, espero um amor pra mim que não precise de sobrenome mas que ame igual!”

Agradecimento especial ao Circo Voador e toda sua equipe. Vida loga a nossa parceria! 

por Catarina Dall'orto

Comentários

Divulgue seu lançamento