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How beautiful could a being be | Quão belo pode ser um ser?

por Catarina Dall’orto

terça, 19 de dezembro de 2017

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Antes de chegar ao Circo Voador ecoava na minha cabeça uma mensagem enviada por um grande amigo que assistiu a apresentação na noite anterior: “É uma delicadeza o show!! Um afago de uma família!!!”.  E assim foi!  Todos os cantos com vista para o palco estavam espremidos de olhos atentos, o calor extremo do verão que se anuncia, escorria sem que se pudesse ouvir uma queixa, posto que sobre as luzes cênicas os quatro anunciavam suas delicadezas.


O cenário de Hélio Eichbauer e luz de Gabriel Farinon compunham trópicos de simplicidades e beleza, os “meninos” em suas cadeiras revezavam-se nas toadas coletivas, nos solos e até mesmo em alguns instrumentos. Caetano “acorujado” no violão fez brilhar a presença dos filhos; Moreno múltiplo do cello ao prato e faca - deixa visível que a música vibra em todas as suas expressões e que o ritmo toma conta do seu corpo; Zeca hora no piano elétrico hora na guitarra - traz na voz um timbre muito peculiar - que de certo modo nos faz lembrar de alguém; e Tom, o caçula, tem uma leveza ao dedilhar seu violão, em sua voz aveludada e claro dançando, dançando, dançando (quem viu, viu)!

Além das belas e consagradas canções entoadas de cor nos lábios do público, das composições ineditistas, da intimidade e carinho entre si, da musicalidade e swing desta família e também das particularidades - de Caetano, Moreno, Zeca e Tom; teve algo que meus olhos e ouvidos puderam alcançar e que me fez suspender – que cada um dos TRÊS são um pedaço daquele UM. Dito assim pode parecer óbvio e um tanto bobo mas subiu-me uma satisfação e alegria tremenda de poder presenciar este momento: Um pai a tocar, cantar, celebrar junto de seus filhos e estes que um dia já foram pequenos estavam ali grandes a contar suas histórias. Mais uma noite inesquecível no Circo Voador!


Fotos de Michelle Castilho


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