Supersônicas

“Manifestação”, clipe coletivo em defesa dos direitos humanos

terça, 29 de maio de 2018

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Mais de trinta artistas brasileiros participam do clipe “Manifestação”, lançado pelo movimento Anistia Internacional, que assinala os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Vale lembrar que, em dezembro de 1973, em plena ditadura feroz, Jards Macalé organizou no MAM, o “Banquete dos Mendigos”, que entre números musicais fazia a leitura, altamente subversiva para a época, dos itens da Declaração, incluindo a condenação à tortura, prática vigente no regime.

Participaram do espetáculo, cujo disco foi censurado e só pode sair em 1979, após a anistia, Chico Buarque, Gal Costa, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Johnny Alf, Paulinho da Viola, Raul Seixas, MPB-4, Dominguinhos, Gonzaguinha, Édison Machado, Edu Lobo, Jorge Mautner, Grupo Soma e Pedro dos Santos.

Desta vez, há uma letra de 117 versos de Carlos Rennó, musicada por Russo Passapusso, Rincón Sapiência e Xuxa Levy, cantada pelos artistas voluntários, que, como da primeira vez, abriram mão de seus cachês. São eles: Chico Buarque, Criolo, Paulo Miklos, Pedro Luís, Siba, Rico Dalasam, Marcelo Jeneci, Márcia Castro, Ana Cañas, Larissa Luz, Ludmilla, Pretinho da Serrinha, Xênia França, Ellen Oléria, BNegão, Paulinho Moska, Filipe Catto, Chico Cesar, Luedji Luna, As Bahias e a Cozinha Mineira, Rael, Marcelino Freire, Péricles e os autores, Russo Passapusso e Rincón Sapiência, mais as atrizes Fernanda Montenegro, Letícia Sabatella, Camila Pitanga e Roberta Estrela D’Alva.

Há ainda uma banda formada pelos músicos Benjamim Taubkin (piano), Os Capoeira (percussão), Siba (rabeca), Marcelo Jeneci (acordeon), Emerson Villani (violões e guitarra), Robinho (baixo), Samuel Fraga (bateria), DJ Nyack (pickups) e Beto Barreto (guitarra baiana).

A diretora-executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, advertiu: 

“O lançamento deste clipe é um marco para lembrarmos que, mesmo após 70 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos, a mobilização para que nossos direitos sejam garantidos continua sendo crucial. A letra da música descreve graves violações de direitos humanos, como a violência que sofrem as populações negra, indígena, quilombola, LGBTI, bem como refugiados, e habitantes das favelas e periferias. No país que tem o maior número de pessoas assassinadas por ano, a canção-protesto transmite a força e ânimo que tanto precisamos para continuar lutando”. 

Já o compositor Carlos Rennó decupou seu trabalho: “na concepção da letra meu intuito foi despertar, conscientizar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no apoio às causas sociais. Através das vozes que a gravaram a canção busca dar voz aos silenciados, invisibilizados, excluídos, discriminados, às vítimas de preconceito, racismo, e intolerância, aos violentados brasileiros citados à exaustão em ‘Manifestação’”.

O vídeo clipe, gravado nos Estúdios Na Cena, foi dirigido por João Wainer e Fábio Braga e está sendo exibido no site e nas redes sociais da Anistia Internacional. Assista ao clipe:


Fonte da imagem: YouTube (Reprodução)


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