Música

O cronista - Gordurinha

Xangai em "Cantingueiros" - Episódio 3

terça, 24 de julho de 2018

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No terceiro episódio da websérie “Xangai em Cantingueiros” o cantor relembra os dois caminhos possíveis, oferecidos a ele, para trilhar sua história: o Futebol e a Música.

Quando criança, Eugênio Avelino foi batizado pelo nome Xangai. O pequeno menino da sorveteria, que era bom de bola, ouvia na rádio Nacional em Vitória da Conquista, o grande clássico do futebol Vasco versos Flamengo. Seu coração não poderia ser de outra cor que não fosse preto e vermelho e o rubro-negro não media esforços na torcida pelo time.

Em 1973 o baiano foi para a cidade maravilhosa e por lá ficou durante 13 anos. Sua paixão pelo futebol só aumentou e o mesmo teve a oportunidade de jogar, e mostrar que tem bola no pé, juntamente com grandes ídolos do futebol daquela época, o que significou muito para o rapaz, que já batia bola nas quadras de futsal e sabia dominar a arte desse esporte como ninguém. O Rio o recebeu de braços abertos, tanto no futebol quanto na música. Seus primeiros discos foram gravados em terras cariocas, sendo bem aceito e acolhido pelo público local, bem como seu amadurecimento no meio profissional foi consolidado.

A saudade de sua terra no sul da Bahia o trouxe à memória um grande humorista, compositor, radialista e cantor brasileiro, o Gordurinha. Conhecido como “O Cronista”, Gordurinha se fez presente em toda infância de Xangai, encantando-o com sua gozação quando se tratava de assuntos cotidianos, sua poética clara e fácil de ser entendida era absorvida e admirada por todos, principalmente pelo rapaz do sertão baiano. Enquanto os anos se passavam no Grande Rio, o engenhoso cronista e artista da música brasileira, que era Gordurinha, se fazia lembrar nos lábios e mente de Xangai, cada vez que o tempo se passava... “Eu queria voltar pra Maceió, mas eu fico no rio que é melhor”.

Além de humorista, como se mostra nas músicas “Orora Analfabeta”, “Não tá certo não” e “Carta à Maceió”, o gordurozamente magro Waldeck Artur de Macedo também era crítico aos dilemas da sociedade, como as grandes secas presentes no sertão na música que ficou popularmente conhecida como “Súplica Cearense” e críticas a invasão do rock no cenário nacional como a música “Chiclete com banana”.

Xangai relembra esses dois caminhos e nos mostra com mais clareza as decisões que o levaram para o caminho da música. Confira o vídeo abaixo e conheça essas duas paixões tão distintas e tão fundamentais para a construção do artista.



Referências citadas no vídeo:

Barbosa da Silva, Eloide Warthon, Aldir BlancNascimento GomesNelinho.



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