Supersônicas

Série “Caminhos da Música Brasileira” viaja do folclore aos clássicos

por Tárik de Souza

terça, 29 de agosto de 2017

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A partir do livro e pôster que mapeia a “Árvore da Música Brasileira”, do músico Guga Stroeter e Elisa Mori, em breve a sair pelo SESC, uma série de espetáculos materializa essa genealogia que estréia no próximo dia 30, quarta feira, com a Orquestra Heartbreakers, no Teatro Viradalata, no bairro Perdizes, em São Paulo.

Caminhos da Música Brasileira”, de Maysa Monjardim e Edson Watanabe celebra a diversidade e sofisticação das manifestações sonoras do país de dimensões continentais. “É sempre bom ler e escrever sobre música, mas o mais importante é que a música seja tocada, ouvida e mesmo dançada”, diz Guga, que exalta “a oportunidade de dar vida às pesquisas e publicações, criando os shows e programas de TV e internet que materializem definitivamente nosso sonho de gerar sons, imagens e principalmente encontros”. Deste primeiro, participam os convidados Arrigo Barnabé, Ná Ozzetti, Paula Lima, Walter Franco, Thaíde, Thiago Pethit, Geo, Sander Mecca, num roteiro que trafega pelo folclore adaptado de músicas como “Marinheiro Só”, “Asa branca”, “Calix bento”, “Meu limão meu limoeiro”, o canto de lavadeiras “Ensaboa”, difundido por Cartola e “Está chegando a hora”, de uma canção mexicana do século XIX, “Cielito lindo”, lapidada pelo ator, compositor e ex-goleiro do Corinthians, Henricão. Do funk “Ah! Eu tô maluco” às influencias eruditas que perpassam obras populares como “Ave Maria do morro” (Herivelto Martins), a simetria de “Insensatez”, de Tom Jobim e o “Prelúdio no. 4”, de Chopin, de 1838, o impressionismo comum entre “O mar”, de Dorival Caymmi e “La mer”, de Debussy.

Do atonalismo injetado em “Sonífera ilha”, dos Titãs, ao dodecafonismo explícito de Arrigo Barnabé (“Clara crocodilo”), e as técnicas do vanguardista alemão Stockhausen na concorrente de festival “Cabeça”, de Walter Franco, de 1972. A técnica da colagem erudita, normalizada na era do sampler, é ressignificada por DJs e rappers convidados. Já a revisita ao “Trenzinho do caipira”, excerto da Bachiana no. 2, de Villa Lobos, atesta a popularidade da norma culta. 



Fonte da Imagem: http://bit.ly/2x2n49u 

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