Sinatra e Jobim comemorativo

Quando surgiu em 1958, na voz inovadora de João Gilberto, a bossa nova foi acusada de mera franquia do jazz e da canção americana. Quatro anos depois, havia tomado o planeta. Em 1967, receberia a chancela definitiva: Frank Sinatra, o maior cantor do mundo na época, dividiu um álbum com Tom Jobim. O episódio, absolutamente inusitado, obrigou o apelidado The Voice a escancarar no título, pela primeira vez, seu nome completo para não ficar menor que o do parceiro – “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”. O meio século da obra prima, sob envolventes arranjos do maestro alemão Claus Oggerman, é comemorado num relançamento da gravadora Universal, com alentado encarte e as dez faixas originais, incluídas as jobinianas, com parceiros, “The girl from Ipanema”, “Dindi”, “Quiet night of quiet stars” (“Corcovado”), “How insensitive” (“Insensatez”), “Meditation” (“Meditação”), “If you never come to me” (“Inútil paisagem”) e “Once I loved” (“O amor em paz”). A cereja do bolo são as faixas bônus do medley Sinatra-Jobim, do filme “A man and his music + Ella (Fitzgerald) + Jobim”, que agrupa “Quiet nights of quiet stars”, “Change partners” (Irving Berlin), “I concentrate on you” (Cole Porter) e “The girl from Ipanema”. Na faixa seguinte, nada menos de três takes alternativos da gravação em estúdio de “Garota de Ipanema”, em dueto vocal de Jobim e Sinatra, registrados, em 31 de janeiro de 1967. 

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