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Um Ano Sem Rogéria (Por Rodrigo Faour)

quarta, 05 de setembro de 2018

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“Há uma mulher aqui, mas sou homem sim. Fui eu quem tive que me moldar em Rogéria.” 

No vídeo de hoje, Rodrigo Faour relembra a trajetória de vida da consagrada atriz-transformista Rogéria. Nascida como Astolfo Barroso Pinto – e com muito orgulho –, a transformista foi atriz, maquiadora e cantora brasileira. Começou sua carreira como maquiadora na extinta TV Rio e ganhou visibilidade no período mais censurado do país, a ditadura militar.

Em 1964 surgiu o primeiro espetáculo nacional com transexuais, “Le Girls”, da qual Rogéria fazia parte, espetáculo esse que abriu as portas para os novos agentes da arte nacional. Rogéria sempre afirmou que “nos anos de chumbo, não tinha estrela, não tinha vedete, nada… Todo mundo fugiu. Nós, homossexuais, levantamos o show business naquela época. E as pessoas gostavam da gente”. E, com isso fizeram história e revolucionaram transgressoramente a arte brasileira. 

A “travesti da família brasileira”, como ficou conhecida, atuou em teatros, revistas, participou de mais de 10 filmes, se reinventou nas novelas tal qual “Tieta” e “Lado a Lado”, foi jurada, apresentadora de televisão e fez incontáveis shows no Brasil e no exterior. 

Há um ano, infelizmente Rogéria faleceu, deixando seu legado e, consequentemente, um espaço inédito em seu gênero no território nacional. Contudo, um brilho desses não se apaga facilmente e, neste vídeo, você verá trechos inéditos do show “A Diva Passional”, de Lana Bittencourt, dirigido por Faour, em que as duas cantam o samba-canção "Haja o que houver" (Fernando César/ Nazareno de Brito), assim como vídeos de suas performances e pedaços do documentário sobre a mesma, dirigido por Leandra Leal: “Divinas Divas”, filme que conta a história da primeira geração de travestis do Brasil. Confira o programa abaixo!




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