Tema do Mês

Caetano e Gil - Doces Tropicalistas

por Caio Andrade

segunda, 08 de agosto de 2022

Compartilhar:

Agosto é mês de comemorar não só os 80 anos de Caetano Veloso, uma das maiores lendas da música brasileira, como celebrar também as décadas de amizade do artista com Gilberto Gil. Entre parcerias, shows e álbuns gravados juntos, tomaremos como ponto de partida a efervescência da Tropicália muito forte na carreira de ambos no fim dos anos 1960.

Parabéns, Caê!

Em 7 de agosto de 1942 nascia Caetano Emanuel Viana Teles Veloso na Bahia! Irmão de Maria Bethânia, é cantor, compositor, produtor e escritor e possui muita história para contar em uma carreira repleta de sucessos, polêmicas e outros grandes marcos.

Os anos 1960 foram sem dúvidas um dos mais agitados na vida de Caetano. Desde o espetáculo “Nós, Por Exemplo”, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Bethânia e Tom Zé, até as participações nos festivais e os primeiros álbuns lançados. “Domingo” (1967), produzido por Dori Caymmi, foi o primeiro disco gravado pelo artista, em uma parceria com Gal Costa.

Em 1968, lançou seu primeiro álbum solo, “Caetano Veloso”, pela gravadora Philips, com destaque para canções como “Alegria, Alegria” e “Superbacana”. Nesse mesmo ano, outro marco: o lançamento do álbum-manifesto “Tropicália ou Panis et Circensis”, também pela mesma gravadora, ao lado de diversos nomes como Gilberto Gil, Os Mutantes e Nara Leão. O disco foi um marco para o movimento conhecido como “Tropicália”, marcado por experimentações, guitarras elétricas e muita inventividade.

Contudo, a relação de Caetano com os militares nesse período da ditadura não era das melhores. Ele e Gil tiveram que se exilar em Londres, e nesse período em torno do exílio lançou 3 álbuns: “Caetano Veloso” (1969), “Caetano Veloso” (1971) e um dos mais famosos da carreira do artista, “Transa” (1972).

Lembra do “Nós, Por Exemplo”? Uma década depois, se juntou a Gal, Bethânia e Gil para o espetáculo “Doces Bárbaros” (1976), que rendeu um álbum. A dupla com Gil dura até os dias de hoje, não à toa lançaram “Dois Amigos, Um Século de Música” em 2015, relembrando grandes sucessos das respectivas carreiras.

É interessante perceber que a obra de Caetano, mesmo com o passar do tempo, nunca ficou com grandes intervalos sem produção, sobretudo nos primeiros anos. Não à toa, recentemente lançou mais um álbum de inéditas, “Meu Coco” (2021), e são incontáveis os sucessos já produzidos. Entre intérprete e compositor, quem não lembra de “Vaca Profana” até “Fina Estampa”? Ou “Menino do Rio” e “Abraçaço”? Tantos sucessos assim mostram que a obra dele é atemporal e merece todo nosso reconhecimento.

Viva Caetano! Viva Gil! E viva a memória musical brasileira!


Comentários

Divulgue seu lançamento