Supersônicas

A volta de Theo com Tatanagüê

terça, 27 de junho de 2017

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Um dos fundadores do antológico Quarteto Novo nos anos 60, ao lado de Airto Moreira, Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte, compositor dos clássicos “Menino das laranjas” e “Disparada” (com Geraldo Vandré), Theo de Barros divide os créditos centrais de “Tatanagüê” (Independente/Tratore) com o intérprete Renato Braz. O cantor participou da escolha das faixas e atua em 13 das 16, na maioria parcerias de Theo (autor dos luxuosos arranjos orquestrais) e Paulo Cesar Pinheiro.

Como o baião título e as capoeiras “Camaradinho” (“o meu corpo virou um catavento/ quem olhou pra minha mão/ já ficou sem saber meu movimento”), da qual participa a cantora Alice Passos, e “Cavalo de Oxossi”, da Suíte Capoeira.

Há ainda “Ciranda morena”, “Dança de marinheiro” (parte da “Suíte marinha”, ainda inédita), “Cantiga de beira de cais”, “Mestiço”, “Três violas”, da suíte “Sete Violas” (gravada no CD “Theo”, de 2006) e outra suíte, a épica “Três vertentes”: “com bala de parabelo/ risquei no chão minha sorte/ comi o pó do flagelo/ vivi no meio da morte”. Ela foi gravada a três vozes por Renato Braz, Theo e seu filho Ricardo Barros, parceiro de Pinheiro na lírica “Alguém sozinho”, esta, na voz cálida de Mônica Salmaso.

Há releituras de “Barco sul” (parceria com Gilberto Karan), concorrente do Festival MPB-Shell, da TV Globo, de 1982, que foi defendida por Zé Luiz Mazziotti.

Só de Theo, “Desafio”, empatou com duas outras músicas em primeiro lugar num festival de Viola da extinta TV Tupi, nas vozes do Trio Marayá.

Por sua vez, “Fruta nativa” (com Pinheiro) participou da Mostra de Música Popular Brasileira, no Conservatório de Tatuí, onde foi gravada ao vivo num CD do evento. Rara oportunidade de usufruir da estética refinada de Theo de Barros, seus parceiros e convidados.

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