Música

5 álbuns indispensáveis da música instrumental brasileira que talvez você não conheça

por Mila Ramos

quinta, 21 de maio de 2020

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Você gosta de dicas? Aí vão algumas despretensiosas para conhecer um pouquinho mais sobre nossa cultura. A música instrumental brasileira continua produzindo bons álbuns e com diferentes alcances. Em parceria com a Dubas, que teve o prazer de contribuir nesse tema, apresentamos uma lista dos 10 álbuns ligados de alguma maneira à música instrumental brasileira e que, particularmente, são incansáveis de ouvir. 

Abra os ouvidos para uma perfeita harmonia dos sons de instrumentos que podem nos proporcionar um verdadeiro salto em nosso ouvido musical.

Confira abaixo os álbuns selecionados por nossa equipe. ????

1. Beira da Linha

Inspirado e motivado unicamente por sua memória musical, Tavinho Moura nos guia por universos do sentir. No álbum Beira da Linha (2015), suas músicas de origens imaginadas, mas nem sempre conhecidas são mutáveis, abertas ao trânsito e ao transe. Pelas 14 faixas, Tavinho Moura e sua viola catalisam riquezas transcendentais para as quais pensamentos imprevistos e momentos fugazes equivalem a toda a filosofia e aos mais cerimoniosos ritos. Ele tem uma obra instrumental incrível, referência na abordagem à música popular e ao folclore do centro sul do Brasil, principalmente Minas Gerais.

2. Esquema Novo

Talvez o recorte mais representativo sobre música instrumental que temos seja a influência do jazz na música brasileira (e vice-versa) que alguns dos álbuns da Dubas abordam. Destaque para Samba Jazz!! e Esquema Novo, que marcaram a retomada da carreira no início dos anos 2000 do lendário J.T. Meirelles, responsável pela configuração do samba-jazz nos anos 1960. ESQUEMA NOVO é a projeção de um som original da década de 60 no futuro-presente. O grande exemplo de uma trajetória musical que evolui e se aprimora, sem se desvirtuar, redesenhando um estilo que mistura samba, bossa e muito jazz, sempre na medida certa, e que agora, seis décadas depois, ainda permanece como referência estética, com novos ares e doses extra de Brasil. O grande som de Meirelles é sempre um novo som. Este álbum é a afirmação de um estilo que já nasceu moderno e chega ao terceiro milênio ainda mais inovador.

3. Tempo Bom Com Chuva

A reunião dos talentosos e tarimbados Marcelo Martins, João Castilho, André Rodrigues e Renato “Massa” Calmon em torno do projeto autoral FOCO é motivo de alegria para os apreciadores da boa música instrumental. Contribuição original ao jazz contemporâneo e brasileiro, Tempo Bom Com Chuva revela um grupo que já na estreia mostra o que tem a dizer.

4. Ritmo Explosivo

Temos também abordagens bem contemporâneas, cujos principais exemplos são Brasov e Paraphernalia. Música instrumental dançante, repleta de referências de diferentes épocas. O som do Paraphernalia é instrumental pop e dançante, potente e livre de convenções e virtuosismos, e abrange um vasto leque de ritmos e possibilidades, com influências que vão das trilhas sonoras cinematográficas e de séries de TV criadas entre os anos 60 e 80 – mas sem americanomania – à música latina e africana, jazz, samba, funk, disco, soul, psicodelia e música contemporânea.

5. Jet-Samba

Este é outro álbum instrumental importantíssimo do catálogo da Dubas e que está disponível em nosso acervo. Marcos Valle dispensa apresentações, se firmou como um artista aclamado e respeitado, expandindo os horizontes de sua obra ao explorar variadas vertentes rítmicas e sonoras em suas criações. Lançado em 2005, em JET-SAMBA ele se reafirma como referência da música contemporânea, trazendo a essência de sua trajetória musical ao apresentar temas de sua autoria, em versão instrumental, todos arranjados pelo próprio compositor, como ele mesmo diz no texto de encarte do disco “da maneira como tinha que ser”. Marcos teve total liberdade criativa e a satisfação com o resultado final é evidente nas próprias palavras do artista.

Acertamos?

O que achou da nossa seleção? Comente abaixo.

É claro que há infinitos álbuns que poderiam ser listados aqui, mas podemos considerar estes como o passo inicial para se aventurar nesse universo da música instrumental.

Você também pode comentar algum álbum que, na sua opinião, devemos abordar por aqui.

Obrigada por ler!



Mila Ramos é fascinada por música e foi em seu trabalho com bandas cover em 2012 que encontrou uma nova paixão: o Music Business. Especializou-se em Marketing e Design Digital pela ESPM-RJ e somou seus conhecimentos ao mundo musical como Produtora Artística. Em 2017, entrou para o Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB). Lá chegou ao cargo de Coordenadora de Comunicação e, sob sua gestão, conquistaram o Prêmio Profissionais da Música 2019, e o Programa Aprendiz esteve entre os finalistas de 2021.



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