Supersônicas

Agora o choro tem Manual

sexta, 23 de junho de 2017

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Depois de estudar o legado de ases como Jacob do Bandolim, Garoto, Radamés Gnattali, Pixinguinha, Waldir Azevedo e K-Ximbinho, o violonista Henrique Neto e o bandolinista Dudu Maia criaram o “Manual do choro”.

Fruto de quase duas décadas de experiência da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, coordenada por Henrique, sediada em Brasília desde 1998, a edição bilíngüe (em inglês) propõe um “mapa da mina” dos caminhos harmônicos e soluções musicais do gênero para qualquer instrumentista, estudante ou interessado no gênero ancestral da MPB.

O lançamento será dia 26 de agosto, no Clube do Choro de Brasília. Além dos conceitos teóricos, acompanha a publicação um CD em áudio com mais de 130 gravações de exercícios, playalongs e registros inéditos de choros clássicos e autorais.

Gênero musical que exige domínio formal do instrumento de músico erudito e ao mesmo tempo capacidade de improviso de artista popular, o choro desafiou os autores a “conciliar intuição e lógica, prática e teoria, invenção e aprendizagem”.

Expoente do ramo, o virtuose bandolinista Hamilton de Holanda, impenitente improvisador, foi um dos colaboradores da obra, que elogia. “O ‘Manual do Choro’ tem uma importância histórica e faz com que a linguagem musical do gênero fique fácil de compreender e é garantia de propagação e divulgação do nosso chorinho pelo mundo”, garante.

Fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, Henrique Lima Santos Filho, o Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília acrescenta: “Sempre alimentamos o sonho de construir caminhos musicais coerentes e delicados para sistematizar o ensino do choro sem lhe roubar a espontaneidade”, separa.

Adaptável a qualquer instrumento, o Manual requer que o usuário tenha noções básicas sobre formação de acordes e notação musical, além de razoável domínio da execução. E também não se restringe ao gênero.

“Basta observar a obra de compositores como Tom Jobim, Villa Lobos, Luiz Gonzaga, Ernesto Nazareth e Nelson Cavaquinho para sentir que o choro está no legado musical de todos eles”, afirmam os autores. 

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