Supersônicas

Apeles estréia em “Rio do tempo”

quarta, 05 de julho de 2017

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Guitarrista do quarteto Ludovic, e ex-vocalista e compositor do duo Quarto Negro (que chegou a apresentar-se em eventos como South by Southwest e Primavera Sound), Eduardo Praça inicia carreira solo a bordo de um pseudônimo/persona.

Apeles, com o qual assina seu primeiro álbum, “Rio do tempo” (Independente), não foi uma escolha aleatória. Trata-se do nome do irmão caçula da poeta portuguesa Florbela Espanca, considerado por muitos, o fio terra da explosiva escritora.

Ela fascinou de Fagner (que musicou “Fanatismo”, “Fumo”, “Chama quente”) a Cauby Peixoto (intérprete de “Tortura”, também musicada pelo cearense), além de Nicole Borger (“Amar – um encontro com Florbela Espanca, 2001) e Marcos Assumpção (“A flor de Florbela”, 2009), que dedicaram tributos a ela.

O disco foi gravado, mixado e masterizado por Leonardo Marques, do grupo Transmissor (co-produtor de trabalhos recentes da banda Maglore), um dos expoentes da nova cena mineira, no estúdio Ilha do Corvo, em Belo Horizonte. Participam Hélio Flanders, do Vanguart (num dueto em “Clérigo”) e Gabriel Soares, da banda Atalhos , responsável pela bateria.

“Rio do tempo” navega pela dicotomia racionalidade versus passionalismo, que imantou Florbela. São faixas densas, pinceladas de timbres e texturas climáticas (“Funeral- Ode às desvirtudes”, “Sociedade dos lobos”, “Imensamente sutil”, “Vermelha”, “De manhã, doce e leve”) onde Apeles, literalmente, desenvolve sua arte epitelial.

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