As grandes mentiras da nossa música

No início do mês tivemos o tradicional 1º de abril, popularmente, conhecido como Dia da Mentira. É, caro leitor, a velha mentira que sempre fez parte da história da humanidade, afinal, todo mundo conhece alguma grande mentira, um grande mentiroso ou foi vítima de uma lorota.

Logicamente, o campo da música também é atingido por tal situação. A ausência da verdade pode ser vista de várias formas: interpretações alteradas por meios eletrônicos, shows com forte presença do chamado playback, artistas que criam boatos sobre si mesmo para voltar a mídia, plágios e tantas outras situações.

Na nossa MPB, a mentira aparece bastante. Principalmente, em forma de canção. Não que sejam obras mentirosas. Pelo contrário. São canções que brincam, debocham ou condenam as lorotas desse mundo. Algumas reais, que viraram versos e melodias.

É o caso de “Pra quê mentir”, clássico de Noel Rosa e Vadico, endereçada a Ceci, grande amor do compositor de Vila Isabel, e que tentava esconder o seu romance com Mário Lago. Ou, ainda, a letra de “Mentiras”, de Adriana Calcanhotto, que narra a traição (maior mentira de um caso de amor) sofrida por uma amiga.

Como não lembrar, ainda, de “Candidato Caô Caô”, um dos grandes sambas cantadas por Bezerra da Silva, que narra a história de um político mentiroso que sobe o morro em busca de votos, se enturma com os moradores, abusa da demagogia e engana a população depois de eleito. Possivelmente, é o mesmo político que prometeu acabar com a inflação que Erasmo Carlos descreveu na sua irônica “Pega na Mentira”.

Mentiras e mais mentiras. Esse é o tema do Ponteio deste mês que você ouve aqui:

OUÇA PONTEIO - 01/04/2023- DIA DA MENTIRA