Brasil: um país de grandes duplas de compositores
No último dia 7 de outubro foi comemorado o dia do compositor brasileiro, data criada em 1948, por Herivelto Martins, grande nome de nossa música, que teve por objetivo valorizar e regulamentar a profissão. A partir da proposta de Herivelto, criou-se o Sindicato Nacional dos Compositores Musicais, entidade que buscou defender os direitos daqueles que criavam nossas canções.
Se a luta de Herivelto deixou a data simbólica, cabe ressaltar que as primeiras ações para garantir direitos aos compositores partiu de Chiquinha Gonzaga, mulher à frente de seu tempo, exímia musicista que popularizou nossa canção. À Chiquinha, nossa reverência!
De Chiquinha até hoje muitas águas rolaram nos rios da MPB. Grandes compositores deram sequência ao seu legado e fizeram de nossa música a melhor do mundo. Com o tempo, as parcerias foram se firmando e a música popular ganhando com a união de talentos.
Para saudar essa data e todos esses nomes, pensei nas grandes duplas da nossa canção. Não é simples. São muitas e cada uma com características bem peculiares: temos por exemplo, Noel Rosa e Vadico, parceria efêmera, mas que produziu obras incríveis como “Feitio de oração”, “Conversa de botequim”, “Cem mil réis” e “Feitiço da Vila”.
Tom e Vinicius, igualmente. Permaneceram juntos pouco menos de uma década, mas o resultado é absurdamente incrível em obras “Eu sei que vou te amar”, “Insensatez”, “Eu não existo sem você”, “Garota de Ipanema” e “Chega de saudade”. Depois disso ainda foram fazer mais belezas com Chico Buarque, Edu Lobo, Toquinho e Baden Powell, para citar alguns.
Por outro lado, Roberto e Erasmo Carlos compuseram por mais de 50 anos juntos e com raras variações de parceiros. Com o tempo foram amadurecendo suas canções e os rocks juvenis se tornaram bonitas obras como “As curvas da estrada de Santos”, “De tanto amor”, “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, “Detalhes”. e “Fera ferida”.
Nessa linha é impossível esquecer tantas outras como Rita Lee e Roberto de Carvalho, Ivan Lins e Vitor Martins, João Bosco e Aldir Blanc e Milton Nascimento e Fernando Brant. Vou parar por aqui, pois, não tenho como citar todos. Mas deixou o convite para ouvir o Ponteio sobre as nossas grandes duplas.
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