Fábrica de Orvalho

Crônica de uma aquarela carioca

... Eu já não Rio...

quarta, 16 de agosto de 2017

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A primeira passou rente,

Zuniu no asfalto quente

E se alojou num portão,

E o cara feito serpente,

Se arrastava de frente,

Se misturava com o chão.


A segunda arrancou naco,

Abriu na perna um buraco

E ouviu-se um uivo de cão,

E o cara feito um macaco

Lançou o corpo já fraco

Por sobre um caramanchão.


A terceira foi rajada,

Tirou lasca da escada,

Fincou chumbo em todo o teto.

E o cara onça pintada,

Tentou pular pra sacada

Mas caíu em campo aberto.


E ali virou bailarino,

Dançou o fim do destino,

Desabou com o corrimão.

E os "homi" se aproximaram,

E com surpresa exclamaram:

" -Erramos... não é ele não!"






Fonte da Imagem: http://bit.ly/2fOMNLW 

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