Tema do Mês

Egberto Gismonti - Sonho 75

por Caio Andrade

quinta, 08 de dezembro de 2022

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Dezembro é mês de saudar o aniversário de 75 anos de um dos nomes mais inventivos da MPB, Egberto Amin Gismonti. Com obras produzidas para trilhas de teatro, cinema e balé, o artista possui uma estrada que ultrapassa fronteiras de cinco décadas e mistura diversos elementos do popular e do erudito. As suas composições refletem a diversidade do Brasil.


Egberto Gismonti (Elenco, 1969) e Sonho 70 (Polydor, 1970) ?

Vindo de uma família bastante musical, ele é compositor, arranjador e multi-instrumentista e mostrou inclinação para a música desde os primeiros anos de idade. Se destacou na cena nacional e internacional já no fim dos anos 1960, quando já começava a produzir trabalhos e fazer viagens para o exterior. Um dos destaques dessa época é a canção “O Sonho”, interpretada pelo grupo Os Três Moraes no III Festival Internacional da Canção, em 1968. A canção seria incluída no repertório do seu primeiro álbum, “Egberto Gismonti”, lançado pela Elenco em 1969, que contou também com belíssimas composições como “Salvador”. 

Começa, assim, uma profusão de álbuns lançados tanto no Brasil quanto no exterior, com destaque para: “Sonho 70” (Polydor, 1970), “Orfeo Novo” (Corona Music Jazz, 1971), “Dança das Cabeças” (EMI-Odeon, 1977), “Circense” (EMI-Odeon, 1980), “Trem Caipira” (EMI-Odeon, 1985)...fora diversos trabalhos ao lado de artistas como Marie Laforêt, Naná Vasconcelos, Charlie Haden, Dulce Nunes, Marlui Miranda, Flora Purim e Airto Moreira.

Egberto foi um dos primeiros artistas a usar sintetizadores em sua obra e chegou a fundar seu selo independente, Carmo, em homenagem à cidade natal. Passeou pelos mais diversos gêneros musicais e construiu uma sólida obra desse país tão plural. É um gênio, não é mesmo?

Por isso, para fechar esse ano de 2022, vamos celebrar esse artista tão autêntico que é Egberto Gismonti. Explore mais em nosso site!



Caio Andrade é graduando de História da Arte na Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ) e Assistente de Pesquisa e Comunicação no Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) desde 2020. Grande apaixonado por samba, pesquisa sobre o gênero há mais de uma década, além de tocar em rodas e serestas no Rio de Janeiro.

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