Supersônicas

Em “Livre” Edu Leal investe na “canção instrumental”

por Tárik de Souza

quinta, 23 de novembro de 2017

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Violonista, compositor e arranjador, o paulistano Edu Leal, egresso do rock progressivo, com formação em jazz, MPB e música erudita, desembarca seu segundo CD autoral, “Livre” (Independente) com o propósito de fazer “canções instrumentais”. Acompanhado pela banda A Conjuntura, formada por Fred Barley (bateria e percussão), Mauricio Biazzi (baixo), Fernando Cardoso (teclados), Roger Troyjo (voz), Walmer Carvalho e Sergio Santos (sax e flautas) ele mostra o disco em show nesta quinta feira, dia 23, no novo teatro UMC, da Vila Leopoldina, na Zona Oeste, de São Paulo.

A multiplicidade estética do cardápio tem explicação: “A identidade de um artista é uma construção e, como tal, está a todo momento se recriando. O mundo de hoje é marcado pela pluralidade e não deveria apontar para um rótulo, uma estrutura fechada”, acredita Edu.

Um passeio pelas faixas, que alternam climas e andamentos, reforça o conceito, como no agitado baião de abertura (“Ganhando dinheiro”), permeado pelas vozes de Edu e Toyjo, e na dialogia de sopros jazzísticos de “República dos salames” - trompete e trombone dos convidados Anderson Delavéquia e Doug Bone. André Frateschi participa do rock urbano que fustiga a bolha imobiliária, “Lar, impossível lar?” (“nossa gente alegre e tão cordial/ tem a memória dissolvida num Sonrisal”) e o vocal de Filó Machado na balada título, flutua sobre névoa de cordas. O oboé de Tatiana Mesquita destaca-se entre sobrevôos de flauta em “Domingo de chuva”. E há ainda “Distraídos ousaremos!”, “Do devaneio ao sonho”, “Radar cordis”, “Nos seus olhos lerei” e “Poeira de estrelas”. 

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