Música

EP Nossos Cantos Vêm de Longe chega às Plataformas Digitais

As quatro faixas regravadas já estão disponíveis em todas as plataformas digitais e fazem parte do documentário no Youtube da Warner Music Brasil

segunda, 17 de janeiro de 2022

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Disponíveis já em todas as plataformas digitais no EP "Nossos Cantos Vêm de Longe", clássicos absolutos da música popular brasileira do quilate de “Sorriso Negro”, de autoria de Dona Ivone Lara, “Negro Gato”, de Getúlio Cortes eternizado na voz de Luiz Melodia e as mais recentes “Crença e Fé”, da Banda Mel e “Meu Nome É Favela”, de Leandro Sapucahy,  foram revisitados por artistas revelação no cenário atual da música brasileira como Marvvila, Luan Otten, Morenna, Sodré, Paulla, Blecaute e RDN.

O projeto, intitulado “Nossos Cantos Vêm de Longe”, foi lançado para o Novembro Negro no formato audiovisual e agora chega a todas as plataformas de streaming, com o objetivo de resgatar a importância histórica e cultural dos primeiros artistas negros da Warner Music Brasil, nomes que abriram caminho para toda uma geração. 

Para quem ainda não assistiu, vale conferir as performances dos artistas no documentário com cerca de 20 minutos e direção de Renata Novaes, disponível no Youtube da Warner Music Brasil.

Assista abaixo o documentário “Nossos Cantos Vêm de Longe”:


No documentário musical as gravações das canções se mesclam a depoimentos que atestam e refletem sobre a importância desses artistas e da representatividade e das vozes e composições desses poetas para a canção e a para o universo artístico brasileiro.

Abrindo as homenagens, a diva do pagode pop Marvilla canta junto com Luan Otten o clássico de 1981 “Sorriso negro”, de dona Ivone Lara. Os clássicos versos “Um Sorriso Negro/ Um abraço negro/Traz felicidade/Negro sem emprego/Fica sem sossego/E negro é a raiz da liberdade” ganham um toque R&B na voz poderosa da brasiliense e do carioca. “Não é qualquer música, é muita responsabilidade”, afirma Marvilla. Luan Otten completa, reforçando o alcance da canção e do projeto: “Quando eu via alguém da mesma cor que eu, com o mesmo sonho, penso: ‘caraca, eu sei o que você está passando. Tamo junto’. Porque é difícil”, reconhece. E celebra a força das raízes musicais brasileiras, um reflexo da importância na formação histórica e cultural da nação: “é uma força que mostra quem somos, é algo que vem lá de trás”, conclui.

A capixaba Morenna e o carioca Sodré transformam em um reggae – ritmo do qual o Espírito Santo de Morenna é um dos berços o clássico “Crença e Fé”, da Banda Mel. Assim, os versos “E diga Yes, diga Yes, Sou Negão”, da Bahia na qual a artista cresceu ganham um colorido especial e afirmativo, do jeito que a canção pede. “Minha mãe cantava muito essa música para mim. Me senti em casa. A maior quantidade de pessoas negras fora da África está no Brasil”, diz a artista. “Essa canção, essa fala de não se limitar, essa percussão” completa.

Os cariocas e novíssimas apostas da gravadora respectivamente no R&B pop e no rap, Paulla Blecaute, apresentam uma versão inovadora de “Negro Gato”, de Getúlio Côrtes, gravada em 1980 por Luis Melodia.

Na quarta faixa, cheia de suingue, o grupo de samba e pagode RDN finaliza o tributo com “Meu Nome é Favela”, de autoria do produtor musical da banda Leandro Sapucahy. A letra que fala de becos e vielas e afirma “Meu Nome é Favela” e “mostro num sorriso nosso clima de subúrbio” é um hino empoderado, que afirma respeito, inspiração e retoma a grandiosidade das raízes musicais brasileiras. Rogério Barros, do RDN, lembra “Candeia, Dona Ivone Lara, esses nomes são os grandes responsáveis por nos apaixonarmos pelo samba e é muito importante dar sequência a esse legado”. Salve a música e os artistas negros.

Confira a tracklist completa dos encontros musicais de “Nossos Cantos Vêm de Longe” (clique aqui)

Sobre Renata Novaes:
Responsável pela direção, curadoria e pesquisa do projeto audiovisual “Nossos Cantos Vêm de Longe”, Renata Novaes é jornalista, faz a direção geral e é líder do estudo sobre “Respeito às diferenças” da Rede Globo. Umas das fundadoras do primeiro coletivo negro da emissora,  o Diáspora, ela é ativista e  busca construir novas narrativas de acesso às minorias políticas sociais em espaços de poder.


Encaminhado por: Warner Music Brasil 


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