Jogada de Música

Flamengo é música para cada conquista

quarta, 04 de dezembro de 2019

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Campeão estadual no início do ano e da Taça Libertadores da América e, antecipadamente, do Brasileiro, no mesmo fim de semana, o Flamengo vem sendo cantado em verso e prosa por seu torcedor como há muito não se ouvia. O clube mais popular do Brasil é também o que mais tem canções em sua homenagem ou para rememorar grandes ídolos da sua História, como já vimos na coluna que dividiu com o Corinthians há alguns meses. Após as épicas conquistas do penúltimo fim de semana de novembro, não poderia deixar passar a oportunidade de mostrar mais algumas composições, especialmente aquelas feitas especialmente para relembrar títulos históricos.

O momento atual faz os mais velhos e também os mais novos, até então carentes de grandes glórias, revisitarem o maior momento da História do clube. E isso Edu Kneip fez com maestria, como se fora um visionário, ao lançar no ano passado um CD exclusivamente dedicado a antológicas partidas do Rubro-Negro da Gávea, quase todas da “Era Zico”, chamado “Vencer Vencer Vencer”, referência ao refrão do Hino do clube composto por Lamartine Babo. São 12 faixas, e “Manto Sagrado”, a que abre o álbum, é a única que não fala de um jogo específico, mas da mística rubro-negra e da sua camisa que, como o tricolor Nelson Rodrigues já vaticinara, 11 cabos de vassoura vestidos com ela seriam capazes de vencer um jogo. Nela, meu xará faz uma citação à clássica “É Campeão (Domingo eu vou ao Maracanã)”, de Neguinho da Beija-Flor, e ao hino.

Dentre as 11, não pela qualidade, pois todas são ótimas, mas pela relação com as conquistas mais recentes, destacaria algumas aqui. “Batalha de Cobreloa”, sobre os três jogos finais da Libertadores de 1981, também conquistada num 23 de novembro, é a primeira. 


E também “Baile do Urubu”, sobre o primeiro título brasileiro sem Zico, mas com o Maestro Júnior regendo, com auxílio luxuoso de Gilmar, Charles Guerreiro, Gottardo, Uidemar e Gaúcho, a garotada formada em casa. Edu Kneip narra como um locutor-poeta musical as duas finais de 92, sem deixar de citar a trágica queda da grade da arquibancada que matou três pessoas e feriu 82.


Depois do CD, Edu Kneip prosseguiu no projeto e lançou mais uma composição, sobre a agora penúltima conquista do Campeonato Brasileiro do Fla, em 2009. A letra relata lances capitais de vários jogos importantes daquela campanha e termina com o gol decisivo de Ronaldo Angelim, o “Magro de Aço” que dá título à música. 


Para dar ainda mais esperanças aos rubro-negros para o bi mundial de clubes, que será disputado também em dezembro, como há 38 anos, “Os 11 samurais” canta e conta a saga contra o Liverpool, que pode voltar a ser o rival da final deste ano, lá no Japão.

Para o apito final e entrarmos no clima de euforia do momento, duas versões que já estão sendo cantadas a plenos pulmões pela torcida. Uma, do supracitado Neguinho da Beija-Flor, que fez uma versão para “Obrigado Jesus”, originalmente de sua autoria com Marquinho FM, antes mesmo dos títulos conquistados sob o comando de Jorge Jesus, o técnico português que caiu nas graças da galera flamenguista.


A outra, “Em dezembro de 81”, foi composta por Ivo Meirelles e Kiko Zambianchi baseada em “Primeiros Erros”, sucesso os anos 80 deste último que foi gravada, entre outros, pelo Capital Inicial. Na gravação desta versão rubro-negra da música, além de Ivo e Kiko, participaram também o baixista Rodrigo Santos, o cantor Léo Jaime, MC Koringa e o ator Dado Dolabella


E assim encerramos este ano neste espaço, prometendo mais Jogada de Música em 2020, com muitas novidades do projeto, Deus assim permitindo. Tudo de ótimo para você que acompanha este trabalho feito com raça, amor e paixão. 

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