Colunista Convidado

Há 80 anos...

MÚSICA E FUTEBOL, UMA TABELINHA DE PRIMEIRA NO BRASIL

sábado, 23 de junho de 2018

Compartilhar:

A Copa de 1938 marca não só a primeira participação digna do Brasil num Mundial, sob a batuta do artilheiro Leônidas, como foi a que inaugurou a relação de músicas para a seleção antes da disputa daquele que é o maior evento esportivo do planeta, superando até os Jogos Olímpicos. “Paris”, de Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho, gravada por Carmen Miranda (ouça aqui) e lançada em 38, tem uma letra que não faz qualquer menção ao futebol. Porém, essa música ficou associada a duas Copas do Mundo e à “seleção carioca”, como por muitos anos franceses e outros europeus se referiam à equipe brasileira. Duas? Sim, porque em 98, quando a França sediaria pela segunda vez uma Copa, Elba Ramalho a regravou e, graças aos recursos tecnológicos, fez uma bela tabelinha com a Pequena Notável (ouça aqui). Também para o segundo Mundial francês, Gilberto Gil compôs a bela “Balé da Bola”, que merece estar presente em muitos repertórios, seja em que época for. 

Outra música que nada tinha a ver com o futebol, mas que acabou sendo associada a um baile da bola foi “Touradas em Madri” (ouça aqui), de Braguinha e, novamente, Alberto Ribeiro, durante a Copa de 1950. E por uma reação espontânea de 150 mil vozes que entoaram a famosa marchinha, a partir dos 42 minutos do segundo tempo da partida em que o Brasil já goleava a Espanha, por 6 a 1. Dizem que Braguinha estava no Maracanã e chorou copiosamente de emoção. Da euforia fez-se o silêncio no jogo seguinte, com a derrota para o Uruguai, por 2 a 1, e a perda do título mundial em casa. Para aquela Copa, Lamartine Babo, autor dos hinos populares dos clubes cariocas, compôs a “Marcha do Scratch Brasileiro”, mas aquele hino caiu no esquecimento, embora possa ser encontrado no YouTube em pelo menos dois vídeos.


Comentários

Divulgue seu lançamento