Resenha de Samba

Iba Nunes do Cabuçu: O Veterano do Samba-Enredo

sexta, 07 de julho de 2023

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‘Sou um dos compositores vivos que há mais tempo colocou um Samba-Enredo em desfile’

Iba Nunes é um dos poucos compositores de Samba-Enredo dos dias atuais que iniciou sua trajetória na década de 1950, com “Centenário do Corpo de Bombeiro”, em 1956 no Unidos do Cabuçu. Nesta Escola, Seu Iba já colocou na avenida 12 Sambas-Enredo de sua autoria, nos anos de 56, 58, 60, 62, 64, 66, 68, 69, 70, 75, 76 e 84. Dessas 12 composições, apenas 03 foram gravadas (70, 76 e 84) e 09 ainda permanecem inéditas. 

Seu Iba também participou do filme considerado o divisor de águas no Cinema brasileiro: “Rio, 40 Graus” (1955, Nelson Pereira dos Santos), que teve imagens gravadas no terreiro da Escola de Samba Unidos do Cabuçu. Além disso, em 1983 Iba Nunes foi um dos fundadores da Associação da Velha Guarda das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. 

Por essas e outras, a quadra do Unidos do Cabuçu na Rua Araújo Leitão, 925, no pé do Morro do Barro Vermelho, será rebatizada no próximo dia 9 de julho com o nome de “Quadra de Ensaios Iba Nunes”. Conheçam um pouco da caminhada do velho sambista, verdadeira lenda viva, numa resenha com o Veterano do Samba-Enredo Iba Nunes. Agradecimento especial a Dona Vilma (o “Favo de Mel” de Seu Iba), Lenin Novaes, Andréa Ribeiro Alves e Instituto Glória ao Samba.

Carteirinha de compositor de Iba Nunes no Unidos Cabuçu / Acervo Iba Nunes

Mestre Iba, qual seu nome completo e sua data de nascimento?

Meu nome é Iba Nunes, nasci no dia primeiro de março de 1934, sou filho de Hildebrando Soares de Souza e Maria Isabel Nunes. Nasci no morro da Babilônia em Botafogo, zona sul, aos 6 anos vim para o morro do Barro Preto no Cabuçu. Eu sou Técnico de Contabilidade e a minha vida profissional depois dos 20 anos foi bancário. Comecei no banco em 1952 e saí do banco em 1984, mais ou menos.

Me explica como é que foi a fundação do Unidos do Cabuçu, quem é que tava lá, me explica como é que foi essa história, mestre.

O Babaú [Waldomiro José da Rocha, 1914-1993], o sambista da Mangueira, naquela época novo ainda, ele criou um problema por causa de uma mulher lá na Mangueira e foi se esconder lá no Morro do Amor, na Rua Dona Francisca 334, casa 6, aonde morava uma pessoa que gostava muito de baile, gostava de samba e era amigo do Babaú. Então o Babaú correu e se escondeu na casa dele e em 1945, no carnaval, tinha um bloco que se chama Miúda do Cabuçu. E esse bloco tinha como presidente e dono o Valdinar, conhecido como Naná. E eles, na hora do batuque, ele escutando aquele barulho, o Babaú e o Alcebiades desceu aquele pedaço do morro, o Alcebiades morava na casa 6. Então ele [Babaú] foi assistir o bloco. Aí viu aquele bloco, descia. E eu naquela época gostava, saía no bloco, minha mãezinha fazia aquela roupa de colégio, com aquela sainha com aquela blusinha de colégio, então eu também saía no bloco, era garoto. Então o bloco vinha passando e o Alcebiades com o Babaú assistindo o bloco. O Babaú virou para o Alcebíades e disse: “Escuta aqui, pô isso aí dava era uma Escola de Samba”. Então o Alcebiades disse: “Então vamô pensá nisso, vamô fazê uma Escola de Samba”. 

Alcebíades de Souza, fundador do Unidos do Cabuçu / Acervo Iba Nunes

E eu vou explicar a razão que eu sabia disso, porque minha mãe era amiga da família do Alcebiades. Então eu era um garoto ainda, lindo, jovem, mas era muito amigo lá da família. Eles me contavam, eu escutava aquela conversa toda e eu sabia de tudo que tava acontecendo. Foi assim que surgiu a Unidos do Cabuçu, então passou o ano todinho, aquilo tudo, de vez em quando se encontrava, fazia aqueles batuque e coisa e tal e dizia que ia fazer a Escola de Samba, que ia sair a Escola de Samba, acabava não saindo nada. Quando chegou no fim do ano, em 1946, eles cismaram e disseram: “Já que nós fundamos a Escola de Samba, sem documento, sem nada, só com a palavra, nós vamô saí!”. Aí compraram uma corda, botaram a corda, acertaram uma bateria, naquele tempo bloco não tinha corda e Escola de Samba tinha corda. Aí saíram como Escola de Samba, saíram com aquele grupo, tocando e cantando aqueles sambas do Babaú e quando chegou até a Rua Raul Barroso eles voltaram coisa e tal, foram beber, era bebida adentro, eu era garoto, não podia beber. Aí: “Ô Seu Alcebíades, eu vô embora, tá bom?”, “Tá, valeu garoto!”. E aí foi assim que começou a história do Cabuçu, o Cabuçu na verdade surgiu do bloco a Miúda do Cabuçu. E dali em diante começaram em 1946 saiu aquele numerozinho de pessoas dentro de uma corda que foi considerado Escola de Samba. Agora em 47 já tinham feito um movimento e a Escola de Samba foi o primeiro ano que saiu e o enredo foi “O Compositor Desprezado” e o samba foi do Babaú, que na época foi o primeiro Presidente da Escola. E eu fui convidado pra tomar parte na parte escritural, eu bem jovem, apesar de morar no morro, eu já estava fazendo na época o científico, então eu ajudava eles na escrituração da Escola. Por isso é que eu sou considerado fundador, eu não assinei livro, eu sou considerado por isso, que eu era menor de idade, não podia assinar nada disso.

Como era esse samba do Babaú, o senhor aprendeu?

“Ninguém sabe dar valor / Ao pobre compositor de Samba / Que em coros mil / Irradia pelo mundo / Um repertório fecundo / De poemas do Brasil / II / Mesmo assim tão desprezado / Vive sempre preocupado / Noite e dia a procurar / Vai até ao infinito / Buscar assunto bonito / Para no samba cantar”.

Babaú da Mangueira e do Cabuçu / Acervo Andréa Ribeiro Alves

Quem eram os maiores compositores do Cabuçu?

Os compositores dessa época eram o Babaú, Alcebíades Sena de Souza, João Taúl, Zé Macaco. Que eu me lembre assim eles é que eram os compositores da época. Depois veio Pauzinho, aí em 1955 já vinha Jorival e Iba Nunes, mais ou menos por aí.

E qual foi o maior compositor do Cabuçu?

Sem dúvida, o compositor foi João Taúl [Taú Silva], pra mim foi o maior compositor que o Cabuçu teve. Infelizmente Samba-Enredo ele só ganhou o samba de 61, “Rio, Ontem e Hoje” e ganhou também mais um outro samba. Que ele não era muito chegado a negócio de Samba-Enredo, não. Agora samba de terreiro ele foi o máximo. O “Briga Entre as Flores” gravado por Abílio Martins, era um grande compositor! E fez muito samba bonito pro Cabuçu, além de ser muito meu amigo,

Como era o tipo do Taúl? Como ele era no dia a dia?

O Taúl era metalúrgico e era comunista, teve até na Rússia, ele era um negro magrinho, casou-se com a primeira Porta-Bandeira do Cabuçu que foi a Iara e houve lá um probleminha no casamento dele. Era isso ele, gente muito boa, muito inteligente e de profissão metalúrgico.

Taúl Silva, o maior compositor da história do Cabuçu / Hélio Silva

Quem eram os maiorais do ritmo, as pastoras?

Eu me lembro bem de Maurilio, Antônio, índio, Jorge Vicente, os Leiteiros, os irmãos Leiteiros, esses eram os principais ritmistas do Cabuçu. E daquela época, as pastoras que mais se destacaram do Cabuçu era Dilu, a Iara, Normélia, Iná.

Qual foi o primeiro samba-enredo que o senhor ganhou no Unidos do Cabuçu?

O meu primeiro Samba-Enredo foi do carnaval de 1956 e o enredo foi “Centenário do Corpo de Bombeiro”, o meu parceiro chamava-se Jorival de Morais. Eu ajudava no Cabuçu na parte administrativa e soube que o enredo seria o “Corpo de Bombeiros”. Aí eu fui até o Orlando Carne Seca [Orlando Ribeiro, Vice-Presidente do Cabuçu daquela época] e perguntei pra ele: “Ô Seu Orlando, como é mesmo nome do enredo? “É Centenário do Corpo de Bombeiro”, “Ih, caramba, legal, acho que eu vou fazer um samba”. Ele falou: “Ô rapaz! samba não é pra garoto, não, aí! Quem faz Samba-Enredo aqui é os malandro, a malandragem”. Eu digo “É, tá bom, mas eu tô trabalhando com a parte administrativa da Escola, eu vou tentar fazer”. E eu já tinha feito um samba de terreiro, “Manhã na Roça” eu, Jorival de Morais e João, já tinha cantado na quadra. Eu morava no Morro do Barro Preto. Aí no outro dia fui pro banco, ninguém sabia no banco que eu morava no Morro e nem que saía em Escola de Samba, porque naquela época o samba era discriminado. Lá no banco eu comecei a pensar e enquanto fazia uma coisa e outra eu escrevia um pedacinho. Aí quando eu cheguei em casa, terminei a letra do samba e chamei o Vadinho, que era o Jorival de Morais, nós éramos colega de infância. Aí ele pegou a letra e ficou com ele, aí 2 ou 3 dias depois ele chegou perto de mim e disse: “Ó, escuta aqui o samba” e cantou pra mim. Eu digo: “Pô, legal, rapaz! vamos mostrar esse samba na escola”. E pra mostrar o samba na Escola? Naquele tempo não tinha Ala de Compositor, era só aquela malandragem, malandro é que fazia. Então “ih agora, como é que a gente vai mostrar o samba?”. Que que aconteceu, eu chamei o Matraca, porque o Matraca era um feirante e na verdade ele tava sempre sem um dinheirinho, sempre sem ter nada e eu sabia que ele gostava d’uma cerveja preta, chamei ele no botequim. E disse: “Ô Seu Matraca, chega aqui. Olha aqui, nós fizemos esse samba aqui, que que o senhor acha?”. Aí botei uma cerveja preta, tomamos a cerveja. Ele disse: “O que? Tem que levar esse samba pra quadra na quinta!”. Ele falava grosso, coisa e tal, era o Diretor de Harmonia da Escola. 

Matraca (José Domingos de Oliveira), o primeiro Diretor de Harmonia do Unidos do Cabuçu / Hélio Silva

Aí eu escrevi uns papelzinho a mão mesmo, com papel carbono, fazendo cópia, porque naquele tempo não tinha recurso pra nada. Aí fiz aquele montinho de papel, uns 20 a 30 montinho de papel e fomos pra quadra. Quando chegou na quadra, todo mundo ficou olhando a gente: “Ué?”. Aí quem cantava era o Vadinho, eu nunca fui bom de cantar, não. Aí ele pegou a letra e começou a cantar o samba. Cantou a primeira vez, cantou a segunda, a terceira, quarta, quinta. Aí o Matraca disse: “Agora abre as pastoras, as pastoras que vão cantar a segunda”, que era assim que se ensaiava o samba, juntava as pastoras no meio da quadra, não tinha microfone, não tinha nada. A gente cantava o samba pras pastoras, aí as pastoras aprendiam com rapidez a primeira, aí abria a gente cantava a segunda e elas iam pegando. Aí quando abriu, cadê a segunda? A melodia da segunda? Ah, meu Deus do céu! O Vadinho esqueceu, não dá pra gente cantar. “Então, tá! faz o seguinte: o samba é bom, as pastoras já aprenderam a primeira e quando chegar no domingo vocês cantam a segunda, tá bom?”. Eu digo: “Tá bom!”. E agora? “Ô Vadinho, pensa direitinho!”, “Eu não consigo colocar a melodia!”. Aí eu fui pra casa, aí eu coloquei a melodia da segunda, levei pra ele, ele aprendeu, disse: “pô, legal, tal, vamô!”. Aí quando chegou no dia do ensaio no domingo, às 5 horas da tarde que começava, aí cantamos a segunda. Aí o pessoal gostou pra chuchu, todo mundo só queria cantar o samba: “Ih! os garotos! dois garotos aí tão com um samba bom!”. Aí fomos cantando, na época tinha 9 Sambas-Enredo [concorrendo]. Final das contas: depois de um certo tempo, aí o Diretor José Ferreira Leite, eu tava no botequim ele passou e disse assim: “Escuta aqui, nós reunimos agora e o samba seu nós vamos levar amanhã pra censura, que ele vai ser o samba do desfile”. Naquele tempo não tinha essa palhaçada de jurado, nem nada não, a diretoria que escolhia. E assim foi a minha história no primeiro Samba-Enredo. E dali pra frente, 57 escrevi perdi, 58 ganhei, 59 perdi, 60 ganhei, 61 perdi, 62 ganhei, 63 perdi, 64 ganhei e assim foi, ganhei 66, 68, 69, 70, 75, 76 e 84, ganhei uma porção de Sambas-Enredo lá, tenho 12 sambas vencidos. Hoje sou velha guarda, aliás sou fundador da Associação da Velha Guarda das Escolas de Samba do Rio de Janeiro que em setembro faz 40 anos, e eu também sou um dos fundadores.

Iba Nunes ao centro (sentado, jaqueta preta) em reunião da Associação da Velha Guarda das Escolas de Samba do Rio de Janeiro / Lenin Novaes, 1997

Então quer dizer que o primeiro samba-enredo que o sr. ganhou é de 56? Sendo assim, dos compositores vivos o sr. é o que tem um dos Sambas-Enredo mais antigos que foi pra avenida?

Eu creio que sim, porque o carnaval de 56, os compositores antigos acho que já morreram todos. É isso aí, eu acho que realmente eu sou um dos compositores vivos que há mais tempo colocou um Samba-Enredo em desfile. Que foi o meu primeiro Samba-Enredo em desfile, na verdade. Eu conheço um pouco da história das outras Escolas, mas da minha eu conheço bem, eu vivo ali dentro desde que praticamente que nasci, ela nasceu nos meus braços.

Iba Nunes, o Veterano do Samba-Enredo / Acervo Iba Nunes

Quais os maiores compositores de Samba-Enredo de todos os tempos?

Silas de OliveiraToco da Mocidade, Mano Décio da Viola, Anescarzinho, Noel Rosa de Oliveira, Darcy da Mangueira, Candeia, Mathias da Imperatriz Leopoldinense, esses nomes são incomparáveis. Toco foi colega meu de infância, estudou comigo no mesmo colégio. O maior Samba-Enredo é “Heróis da Liberdade", de Silas de Oliveira.

Quais as principais diferenças do Samba-Enredo de quando o sr. começou em 56 pro Samba-Enredo de agora?

Olha, o Samba-enredo antigamente ele contava uma história, coisas nacionais, aí você vê “Aquarela do Brasil” [64, Império Serrano], o Salgueiro com esses enredos sobre o negro, “Chica da Silva” [63] e coisa e tal. Você pegava o samba, você precisava de alguma coisa de história do Brasil, você vê aquele samba do Mano Décio, “Tiradentes” [49, Império Serrano], teve muito aluno que levou aquilo pra fazer prova. Agora, não, o enredo tem um nome grande pra chuchu, no fundo tu não entende nada, o samba tu não entende nada. Eles vão pro escritório, faz um samba corrido, a melodia que às vezes é bonita, às vezes, não, é muito repetida. Mudou muito, quer dizer que o Samba-Enredo, você escutava e dizia: “Ih, aí! Isso sobre Tiradentes”. Que nem aquele samba [de 1962] que eu tenho que conta a história de D. Pedro I, vou até cantar pra você: 

“Depois do embarque / Da Família Real / O Brasil ficou a mercê / Do Príncipe Regente / Com sua ideia genial / Prevendo a emancipação / A corte ordenou / A sua volta a Portugal / E aí começou sua glória / Com o “Fico” recebeu a honra / De defensor perpétuo do Brasil / Galgando os anais da história / Quebrando de Portugal a resistência 

As margens do Ipiranga proferiu / O bravo grito da Independência (2x)

Grande defensor de nossa terra / Casou-se com Maria Leopoldina / Que era princesa da Áustria / No matrimônio não foi feliz / Mais tarde se apaixonou / Por Domitila de Castro / Vindo a ser a Primeira Dama / Da imperatriz / Levando sua esposa / A outros tratos / A qual vivia em prantos / Ele construiu um palácio / Para Marquesa de Santos / D. Pedro não teve um lar puritano / Levando a vida de um soberano / Lá lá lará lará lá”

Viu? É uma história, eu fiquei até com medo, porque eu falo no samba que Dom Pedro não teve um lar puritano, levando a vida de um soberano. Ele batia muito na mulher. Eu como tinha lido isso aí, naquele tempo tinha um livrinho sobre História do Brasil, eu fiz o desfile com aquele livro debaixo do braço, porque a gente contar uma história. Você vê que isso é uma história, é Glórias e Amores de D. Pedro I”, as glórias dele na primeira parte e os amores na segunda. Hoje não! Hoje o Samba-Enredo você nem entende que que é o enredo, quanto mais o samba. A coisa mais difícil agora é eu fazer um samba desses, eu não consigo fazer, é uma embrulhada de melodia, a rima vem a primeira com a quarta, com a quinta, com a sexta, é uma confusão danada!

Iba Nunes, em primeiro plano, no filme “Rio, 40 Graus” de 1955 / Hélio Silva

Me diga uma coisa, teve aquele filme que foi gravado aí no terreiro do Cabuçu: “Rio, 40 Graus” lançado em 55, o diretor era Nelson Pereira dos Santos, tinha até o Zé Keti na equipe e no elenco. O senhor tava na época, lembra alguma coisa da gravação?

Claro que eu tava! Inclusive na hora que passa aquele pessoal um atrás do outro, fazendo aquela cobrinha, o apelido que a gente dava naquele tempo, um que tá de camisa branca ali sou eu. 

Eu pertenci, tive com o Zé Keti, Jece Valadão, ele andava aquilo tudo lá, andava lá no morro, coisa e tal. Realmente é isso mesmo, tive sim e tomei parte do filme todinho, quando tinha ensaios lá na quadra, quando tinha aquilo tudo. Esse filme ele foi filmado uma parte no Morro do Barro Preto e outra parte no Morro do Barro Vermelho e a quadra é onde hoje o Cabuçu voltou, que vai ser inaugurada com o nome de Quadra de Ensaios da Unidos do Cabuçu Iba Nunes, tô ganhando mais um título aí, com a graça de Deus. Tá bom, porque enquanto eu for vivo, depois de morto não interessa.

Nelson Pereira dos Santos, Jece Valadão e equipe de “Rio, 40 Graus”, filme com imagens na Unidos do Cabuçu / Pedro Lima, 1956





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