Para o mês de setembro, o IMMuB homenageia um estilo musical especialíssimo: a seresta. No dicionário, temos a seguinte definição:
“Significado de Seresta
substantivo feminino
[Brasil] Serenata.
Composição musical, feita nos moldes das serenatas, mas executada com violões, flauta, cavaquinho e outros instrumentos portáteis.”
A seresta, que teve o seu auge entre os séculos XIX e XX, tem como características o ritmo lento, os instrumentais marcantes e as composições românticas - sejam elas por desilusão amorosa ou por paixão.
Uma tradição marcante, em especial no distrito de Conservatória (município de Valença, RJ), era a caminhada coletiva na qual os seresteiros entoavam tais músicas pela cidade nas noites estreladas. A história diz que a tradição nasceu com Andreas Schmidt, um romântico professor de música e tocador de violino que, em uma noite, atraiu espectadores curiosos do vilarejo. Com isso, Andreas passou a ter como rotina tocar seu violino na praça. Aos poucos, músicos vindos de outros lugares passaram a acompanhar as serenatas do professor e essa virou uma característica incorporada ao lugar.
Dentre os nomes mais conhecidos que cantaram serestas, pode-se citar Sílvio Caldas, Carlos Galhardo, Francisco Alves, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos José, Jamelão, Jair Rodrigues, Lupicínio Rodrigues e diversos outros artistas que embalaram a vida de muita gente. Muitos desses cantores, inclusive, são nomes muito mencionados ao se falar da Era de Ouro do Rádio, que aconteceu especialmente entre os anos de 1930 e 1950, aqui no Brasil.
Músicas como “Carinhoso” (Pixinguinha/João de Barro), “Naquela Mesa” (Sérgio Bittencourt), “Meus Tempos de Criança” (Ataulfo Alves), “Malandrinha” (Freire Júnior) e “No Rancho Fundo” (Ary Barroso/Lamartine Babo) são alguns exemplos de canções que ficaram eternizadas pelas composições e interpretações marcantes em tal época.
Apesar de não estar mais em alta, a seresta marcou e influenciou uma geração de artistas e fãs e suas composições certamente serão lembradas por todos aqueles que as ouvirem - mesmo que décadas depois. Por isso, não deixe de acompanhar a história, as curiosidades e as informações que publicaremos ao longo desse mês sobre ela em nosso perfil no Instagram (@immub_), com relatos, fotos e vídeos históricos.
Você pode se preparar e já ouvir a playlist especial do IMMuB em Tempo de Seresta clicando AQUI para ficar no clima!
Aproveite a caminhada por setembro ao som das serestas, aprecie sem moderação!