Jards Macalé: voz, violão, muitas risadas e até truque de mágica!

Na primeira cobertura de 2023, o IMMuB teve o prazer de participar de uma das comemorações de 80 anos de Jards Macalé, completados no início de março, num formato apenas de voz e violão para a casa cheia do Teatro Rival Refit no último dia 15.

Macao, que apresentou no show canções clássicas da carreira como "Farinha do Desprezo" e "Hotel das Estrelas", cantou também músicas de outros compositores como "Para Ver as Meninas" (Paulinho da Viola) e "O Sol Nascerá" (Cartola/Elton Medeiros) e músicas da época do início da carreira, quando acompanhava cantoras como Elizeth Cardoso, Nara Leão e Maria Bethânia. 

O show, na verdade, começou com um truque de mágica. Singelo, mas aconteceu. Ele pegou um pedacinho de papel e jogou pra cima como se flutuasse em sua mão, foi bem rápido. Todos, lógico, riram. E não pararíamos de rir e aproveitar durante quase 2h.

O interesse do espetáculo é que combinou com a personalidade do artista: ficou bem espontâneo, inusitado, livre. Em vários momentos ele contava algumas histórias da carreira e pedia para o público cantar enquanto ele apenas tocava, já que não gosta de ser solista, prefere mais acompanhar os cantores.

Mas nem só de projetos passados ficou esse show. Ele deu uma palhinha também do que está por vir em seu próximo álbum (a ser lançado dia 28 deste mês) e brincou com Ronaldo Bastos, presente na plateia, após cantar uma parceria deles: "é, Ronaldo...acho que temos um futuro pela frente...já que o passado fudeu-se todo". E todos gargalhamos. A proposta desse próximo projeto é trazer canções de amor - não necessariamente algo carnal ou passional, mas amor também como um ato político. Ele comentou um pouco sobre na entrevista concedida ao Instituto em março. Leia aqui.

Pode-se dizer que foi um show bastante intimista, mas sem aquela coisa chata, engessada, num ambiente de poucas pessoas. Vimos um Jards a todo vapor, feliz, numa casa cheia, numa intimidade como se todos fôssemos amigos dele. E como bons amigos, cantamos todos parabéns no fim do show com direito a bolo e tudo!

Só nos resta aplaudir, não apenas pelo aniversário, mas também por tanta vitalidade e irreverência de um artista que jamais envelheceu. E arte lá envelhece?

Nossos sinceros agradecimentos à equipe e assessoria do Teatro Rival Refit e a Rejane Zilles e Carla Yared por todo carinho e atenção sempre.