Supersônicas

Kalinka consagra Roque Ferreira

por Tárik de Souza

sexta, 08 de dezembro de 2017

Compartilhar:

Raro caso de compositor que impôs-se ao mercado após o fechamento da mídia principal à MPB, o baiano do Recôncavo Roque Ferreira trocou a profissão de publicitário pela música, onde tinha começado aos 14 anos. Tem cerca de 500 composições gravadas, por gente como Maria Bethânia (a recordista, com 15), Zeca Pagodinho, Alcione, Martinho da Vila, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Mart’nália, João Nogueira, Fundo de Quintal, Mariene de Castro, Almir Guineto.

A cantora potiguar Roberta Sá dedicou-lhe um belo disco, “Quando o canto é reza”, com o Trio Madeira Brasil, em 2010. Agora ele é homenageado pela cantora brasiliense Kalinka Barroso, no show “A força que vem da raiz”, com direção musical de Amilcar Pare. A estréia será dia 14 de dezembro, no teatro Plínio Marcos, em Brasília, com ênfase nas composições de Roque que abordam a cultura afro brasileira.

“Quero mostrar o quanto foi profundo o compositor na questão da raiz, da matriz africana e sua relação com o samba. E que a força da fé e do canto transcende qualquer denominação religiosa”, prega Kalinka, também percussionista, que foi aluna do Clube do Choro de Brasilia.

O espetáculo que celebra o parceiro de ases como Paulo Cesar Pinheiro, Elton Medeiros, Pedro Luís, Dudu Nobre, Toninho Geraes, seguirá também para o Rio, São Paulo, Curitiba e Salvador, desvelando inéditas como “Casa de flor”, “Matamba” e recriando sucessos do porte de “Samba pras moças”, “Feita na Bahia”, “Oxossi”, “Barulho”. E mais: “Prece a Òsún”, escrita em ioruba será cantada em forma de oração pelo babalorixá Ògúntúndéléwa, importado do Rio para a inauguração brasiliense. Recepcionado por um painel no hall com sua trajetória, além de CDs e livros, Roque Ferreira participará de três músicas, que só revelará na hora.

Comentários

Divulgue seu lançamento