Música

Lô Borges lança "Tobogã"

Terça, 27 de agosto de 2024

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Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges, acrescenta um capítulo importantíssimo em sua trajetória discográfica com o lançamento de Tobogã, o 16º álbum de composições inéditas de sua carreira. Desde “Um Dia E Meio” (2003), onde retomou parcerias importantes e estabeleceu novas, Lô Borges manteve um ritmo de trabalho impressionante, lançando um disco por ano desde 2019. “Compor, fazer música é uma coisa imperiosa para mim. É como beber água”, diz o cantor mineiro.

O processo criativo de Tobogã teve um início inusitado em 2023, fruto de uma amizade à distância, sustentada por correspondências online, com a médica e poeta Manuela Costa, uma conhecida de longa data. “Fiquei impressionado com os poemas que ela me enviou. Eram criativos, surpreendentes. Até que um dia, falei: vamos inverter esse negócio? Vou mandar uma música para você fazer a letra. Vamos ver se conseguimos nos tornar parceiros” explicou Lô. A provocação funcionou e a primeira canção surgiu: “Pouso da Manhã”.

Em seguida, a dupla escreveu “Tobogã”, composição que leva o mesmo nome do livro de memórias que Salomão Borges, pai de Lô, escreveu em 1987 e que, mais adiante, daria título ao futuro álbum. Uma das estrofes ilustra a admiração do filho pela sabedoria do pai: “Meu grande pai com sal nas mãos me dizia/ A vida é um tobogã/ O tempo é uma abstração da mente/ E eu quero a sua bem sã”. Os encontros virtuais, motivados pela sintonia criativa, prosseguiram. A troca de e-mails e mensagens, contendo poemas e áudios de voz e violão, se intensificou e a parceria acabou se solidificando.

O repertório com doze canções inéditas foi concluído assim, sem a presença física dos dois — ele em Belo Horizonte, ela em Brasília. A produção do disco ficou a cargo de Lô Borges e dos músicos Henrique Matheus (guitarras e encarregado das gravações e mixagens) e Thiago Correa (baixo, teclados e percussões). Na bateria está Robinson Matos, completando o núcleo responsável, trabalhando com autonomia no sound design do disco, (instrumentação, sonoridades e texturas finais dos arranjos). O convívio íntimo de Lô com seu trio, tanto nos palcos quanto nos estúdios, desde 2019, assegurou o alinhamento artístico. Reflete a influência da obra dos Beatles e ao mesmo tempo preserva a assinatura autoral de Lô Borges, que, ao lado de Milton Nascimento, caracterizou o “Clube da Esquina”, um dos discos mais relevantes da cultura pop de todos os tempos e, para muitos, um gênero da música brasileira em si.

As participações de Fernanda Takai, cantora e compositora do Pato Fu, nas faixas “Tobogã” e “Amor Real”, e de Manuela Costa, poeta e parceira, em “Pouso da Manhã”, acrescentam beleza às linhas vocais de cada verso, encaixando-se com a voz de Lô.

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