Supersônicas

Luis Leite visita a latinidade em “Vento sul”

por Tárik de Souza

sexta, 01 de dezembro de 2017

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Carioca, nascido em uma família de músicos amadores, Luis Leite levou à frente sua vocação e, aos 14 anos, já participava do Grupo Camerístico de Violões. Após receber o primeiro lugar em concursos nacionais de violão, aperfeiçoou-se na Accademia Musicale Chigiana, de Siena, na Itália. Viveu uma década em Viena, Áustria, onde recebeu os diplomas de bacharel e mestre pela Universität für Musik Wien, orientado pelo violonista Álvaro Pierri, e, em Londres, ganhou o Ivor Mairants International Guitar Competition.

De volta ao Brasil, onde concluiu o doutorado em música pela Uni-Rio, assumiu a cátedra de violão na Universidade Federal de Juiz de Fora. De lá vem seu terceiro disco autoral, Vento sul (Funalfa), viagem pela latinidade, que começa na matricial “Santiago” (de Compostela, na Espanha), passa pelo “Céu de Minas”, que conta com a co-diretora musical do disco Eika Ribeiro (piano), Felipe Continentino (bateria) e Tatiana Parra (vocal).

De sua voz de longo alcance também são os contornos harmônicos de “Veredas”, rebatidos pelo adufo, pandeiro sem platinelas de Sergio Krakowski. Cordas de Marcio Sanchez (violino) e Elisa Monteiro (viola) sombreiam “Minguante”. Já “Flor da noite” foi composta em homenagem a Guinga, uma de suas maiores influências autorais, e o bordado violonístico de Leite dialoga com o clarinete de Giuliano Rosas. No roteiro, há ainda o plano seqüência de “Caravan”, conduzido pela flauta de Wolfgang Puschnig através de atmosferas diversas, incluindo o samba, que fica apenas subentendido no jazzístico “Pedra do sal”, intitulado a partir da localidade onde vicejou o gênero nos primórdios, no Rio. 

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