Supersônicas

Mamparra estréia entre Novos Baianos e a vanguarda paulista

por Tárik de Souza

sexta, 25 de agosto de 2017

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Usado na África como significado para “festa”, “celebração”, e trazido para o Brasil com o sentido de “corpo mole”, “preguiça”, Mamparra denomina um quarteto paulistano iniciado há sete anos, com o intuito de tocar músicas do compositor Itamar Assumpção.

Formado por Gustavo Araujo Borges (guitarra/voz), Maiana Monteiro (voz), Felipe Rodrigues (bateria) e Guilherme Mingroni (baixo), o grupo só agora estréia em disco, “Mamparra” (Independente). Foi gravado em três dias, num clima de “ao vivo no estúdio”, com produção do multinstrumentista Fábio Barros (teclados, percussão, vocal), em seu estúdio Trampolim, utilizando o máximo de recursos analógicos. A masterização ficou a cargo do tecladista Arthur Joly (sintetizadores) e a capa tem a assinatura da artista visual e grafiteira Mag Magrela.

No repertório, de “Sempre que preciso”, numa linha novobaiana, ao “samba funk bipolar” Cucoi” e o curioso reggae/ marcha “Hobbinho”, que mescla a teoria do filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) e a ginga de corpo do jogador Robinho, o rei das pedaladas. Já o “Samba velho” receita uma volta por cima amorosa: “Um novo amor não tarda/ basta baixar a guarda”. E o canto falado/dialogado de “Trajetória”, que evoca o grupo Rumo, rebobina uma vida em versos entrecortados, “talvez seja uma característica da geração”. 


Fonte da imagem: http://bit.ly/2vdIa52 

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