Vire o Vinil

Na quarentena, Vire o Vinil - Vol. I

quinta, 26 de março de 2020

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Em tempos de confinamento, e que assim seja obedecido enquanto necessário for, a web se torna mais do que nunca uma ferramenta essencial.

A exemplo do que muita gente bacana, de muitos modos, já anda fazendo, compartilhar em especial a arte é necessário; onde também abraçando a causa, claro que neste caso revirando o maravilhoso "Lado B" da nossa música, trago algumas pérolas pouco conhecidas, mas que sem dúvidas hão de trazer um pouco mais de cor a dias tão nublados; mas que vamos superar, sem dúvidas.

Claudia - Jesus Cristo (1971)

Claudia tem, sem dúvidas, umas das mais poderosas e versáteis vozes da nossa música o álbum "Jesus Cristo" não deixa dúvidas em relação a isso.

Dona de um imenso número de prêmios internacionais ao longo de sua carreira, este trabalho se destaca em especial por canções como "Ossain" (Antônio Carlos Pinto / Jocafi / Ildásio Tavares), "Moeda Reza e Cor" (Dom Salvador Marcos Versiani), "Mais Que Perfeito" (Abílio Manoel), "Com Mais de 30" (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle) e a impressionante performance em "Baobá" (Mário Albanese / Ciro Pereira); onde Claudya, que já há algum tempo alterou a grafia e incluiu a letra "Y" em seu nome artístico, eleva a um nível altíssimo o uso de seus recursos vocais; e... Eis o resultado!

Célia - Célia (1971)


O homônimo álbum da cantora Célia (1947 - 2017) é genial e anda gerando curiosidade em muita gente mundo afora.

A faixa "David" (Nelson Angelo), foi recentemente redescoberta pelo rapper e produtor canadense Freddie Dredd, que a partir de um sample utilizado em uma de suas músicas, anda fazendo a cabeça de uma galerinha bem jovem e que faz uso de um famoso aplicativo para celulares, que tem como foco vídeos curtos, com um número impressionante de adolescentes pelo mundo dublando e fazendo as mais insanas performances.

Voltando ao álbum, a faixa que anda fazendo a cabeça da garotada também vai fazer a sua. É um sambão de respeito, com um andamento rápido e envolvente. Vale destaque para "Blues" (Joyce / Capinan), a ótima "No Clarão Da Lua Cheia" (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza), "Zozóio - Como É Que É" (Nelson Angelo) e a versão de "Para Lennon e McCartney" (Lô Borges / Márcio Borges / Fernando Brant).



Um trabalho que leva Leny Andrade a uma atmosfera totalmente fora do que costumamos ouvir dentro de sua obra. Um trabalho magistral, um repertório sem amarras e que faz jus ao nome do álbum, em um "Alvoroço" musical de extremo bom gosto.

A sugestão é ouvir na íntegra, na ordem exata e se permitir viver essa experiência; mas ao menos pra mim é impossível deixar de citar em especial as faixas "Sou O Amor, Faço A Vida" (Armando Henrique Paulo Midosi), "Não Adianta" (Arnoldo Medeiros Hugo Bellard), "Moto 1" (Fagner / Belchior) e claro, a canção que dá nome ao álbum.

Até breve e... Se puder não sair de casa, não saia!

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