Música

Natura Musical apresenta 'Jaguatirica Print', novo disco de Luísa e Os Alquimistas

Com participações de Catarina Dee Jah, Doralyce, Izy Mistura, Jamila, Jéssica Caitano, Luê e Sinta A Liga Crew

terça, 26 de novembro de 2019

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Jaguatirica Print (Natura Musical), terceiro álbum de Luísa e os Alquimistas é uma mistura deliciosa de ritmos da ‘música popular nordestina’. Luísa Nascim e os Alquimistas que a acompanham, foram buscar referências do que de mais popular está sendo produzido entre Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará:

“Nesse disco procuramos nos aprofundar na energia sonora dos batidões eletrônicos da música urbana nordestina, conectando isso com um ambiente de experimentação de timbres, arranjos, flows e assuntos que se misturam ao dub, dancehall, reggaeton, rap, zouk, r&b. Além dessa forte ligação com a contemporaneidade, a sonoridade também se estende ao passado e busca climas por vezes retrô e, até mesmo, brega, dos anos oitenta e noventa, o que também está presente na parte visual do disco”, explica a cantautora.

Ouça agora "Jaguatirica Print" (clique aqui)!


Sucessor de “Cobra Coral” (Dosol - 2016) e “Vekanandra” (2017 - Rizomarte e PWR Records) e fruto de uma parceria com a Natura Musical, Jaguatirica Print começou a ser gerado antes da aprovação do edital. No começo de 2018, Luísa e o baixista do grupo e produtor musical do disco, Pedras, já começaram a trocar figurinhas sobre o que viria a ser o terceiro álbum.

“E a partir desse contato foram surgindo alguns beats. Nesse meio tempo me mudei de Natal para São Paulo, ampliei a formação da banda - que passou a ter novos três alquimistas no sudeste - e paralelo a isso fomos aprovados no edital da Natura”, lembra Luísa.

A partir deste momento, a produção musical passou a ser compartilhada entre dois integrantes da formação de Natal, Pedras e Gabriel Souto, e Luísa assumiu a direção artística de todo o material do álbum e grande parte das composições. Os alquimistas de Natal (RN), que deram início ao grupo com Luísa são, além de Gabriel Souto e Pedras, Zé Caxangá, já Pedro Regada, Carlos Tupy e Tal Pessoa são os três novos nomes que ficam em São Paulo (SP). 

O processo de composição e gravação foi feito entre o Rio Grande do Norte e São Paulo, o que possibilitou agregar todos os integrantes das duas formações da banda na construção dos arranjos. Inicialmente, entre vários beats que foram produzidos por Gabriel e Pedras, Luísa selecionou os que iriam para o disco.

“No final de 2018, fizemos uma primeira imersão de gravação, onde a formação de Natal passou uma semana numa residência artística na Praia de Cotovelo (RN). Desse processo já resultaram novas músicas que foram trabalhadas posteriormente”, conta. 

Ao longo do primeiro semestre de 2019, Luísa seguiu compondo as letras até que todo o grupo se reuniu durante um mês em uma casa/estúdio no bairro da Lapa, em São Paulo.


“Os produtores do álbum vieram pra cá e junto com a formação daqui as gravações rolaram de maneira bem natural. Foi fundamental para o processo ter a oportunidade de estar junto, diariamente, trabalhando nos arranjos e unindo todas essas experiências. Finalizando esse período, passamos cinco dias no estúdio da Red Bull Station gravando as minhas vozes e também da Doralyce e da Luê. Foi ótimo porque junto a isso veio todo o suporte técnico da equipe de lá - Funai, Alejandra e Eric. E todas as outras participações foram gravadas durante esse período a distância; o material ia chegando e se encaixando ao todo”, lembra Luísa.

O disco foi selecionado pelo Natura Musical por meio do edital 2019, com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura.Natura Musical sempre acreditou na força da música para mobilizar as pessoas. Para refletir esse propósito e dar espaço à diferentes vozes, a plataforma apoia artistas e bandas capazes de amplificar debates contemporâneos. Além de entreter, eles também usam a arte como um meio de questionamento e transformação. É o caso de Luísa e os Alquimistas em seu novo trabalho”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.


PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
O disco conta com participações de várias cantoras, compositoras e parceiras de Luísa, que ajudaram a compor a atmosfera do álbum com suas vivências e trajetórias musicais. Participam do álbum a MC e repentista, Jessica Caitano, natural da cidade de Triunfo (PE), Catarina Dee Jah, que vive em Olinda (PE), Doralyce, pernambucana radicada no Rio de Janeiro; Sinta A Liga Crew e Jamila, que são da cena de João Pessoa (PB) e Luê, que vive em São Paulo, mas vem de Belém (PA). Além de Izy Mistura, cantor que veio do Togo, mas vive no Brasil e gravou e compôs com Luísa durante a Red Bull Music Pulso de 2018.

“Essa presença feminina das convidadas veio do desejo de enfatizar a narrativa da mulher nesses batidões eletrônicos, que ainda são predominantemente ocupados por temas que partem do lugar de fala, não só masculino, mas também machista e objetificador. As letras do álbum não são monotemáticas e tocam em várias questões, onde até mesmo as músicas de amor tem uma poética que passa mensagens de empoderamento e foge do romantismo sofrência convencional. Memórias da infância perto da praia, paisagens sonoras nostálgicas, o cotidiano opressor da cidade grande, músicas pra fazer o passinho dxs malocas, feminismo, saudade, partida, solidão, amizade, sororidade, redes sociais… tudo isso pode ser encontrado nesse álbum”, resume a artista.



IDENTIDADE VISUAL:
A identidade visual também leva a assinatura de Luísa e traz o artista paraibano Thiago Trapo, responsável pela capa de “Vekanandra”, que adora ressignificar elementos visuais kitsch, “e é algo que a gente gosta bastante”, completa Luísa. Além dele, também contamos com a equipe da Mole Enterprise na produção da capa e de alguns vídeos, que junto comigo e com o Trapo assina todo o conceito estético visual do álbum. 

A capa do álbum, incorpora de modo crítico referências de antigas coletâneas de música. “Quando surgiu o nome ‘Jaguatirica Print’, a foto de uma bunda com um short de animal print veio na minha cabeça na mesma hora. Comecei a pesquisar várias referências e vi capas de coletâneas de música caribeña, disco e boogie, que faziam o uso desse recorte do corpo feminino, mas de uma maneira sexista, machista e objetificadora”, aponta Luísa.

A partir daí, a artista também se deixou influenciar por inspirações femininas, como o disco Índia, de Gal Costa, e decidiu fotografar sua própria bunda:

“Por que não? Pensei… Nós mulheres nos privamos de muitas coisas por medo do que os outros vão pensar ou dizer, por medo de sermos assediadas, estupradas, violadas. O short que uso na capa do álbum é lindo, mas eu não ousaria usá-lo nas ruas de São Paulo sozinha, entende? É muito triste essa constatação. Concebi essa capa na vontade de subverter essa lógica opressora em que nós mulheres vivemos. Através do meu trabalho artístico senti que era possível atravessar essa fronteira em relação ao meu próprio corpo”.

A tipografia, referências de fontes e logomarcas foram construídas a partir da pesquisa no universo do vapor wave na estética tropical nordestina.


FAIXA A FAIXA:
O disco abre com Descoladinha, um feat com Jéssica Caitano, feito durante imersão da Red Bull Music Pulso 2018. Com elementos do brega funk e do dancehall, ela fala das descoladinhas do nordeste. “São aquelas que se vestem de um jeito diferente, com personalidade e criatividade. Frequentadoras de ‘rolés alternativos’ , eu e Jéssica somos descoladinhas desde pequenas”, brinca Luísa.

Com um beat envolvente e sensual, Tous Les Jours é uma parceria com Izy Mistura, do Togo. O encontro dos artistas também se deu durante a residência da Red Bull e Teago Oliveira (Maglore) e Gabriel Souto, que também participavam da residência, também assinam a faixa. Com letra em português, francês, espanhol e inglês, a canção inspira até mesmo os mais desavisados com uma pegada afro pop gostosa pra sair dançando. Na sequência, vem Cadernin, “uma sexy lovesong que fala de saudade”, define a artista. Com inspiração no movimento Batidão Romântico da Paraíba, a música traz elementos do hip hop, pop e R&B dos anos 2000.

A quarta faixa do disco, Calor no Rio, é um feat com Doralyce, autora da música, e trata-se de um tecnobrega dançante com timbres de surf music. “Conheci o trabalho da Luísa no RecBeat e sou encantada desde então. Nos reencontramos na residência da Red Bull ano passado, quando Luísa participou junto com Luê do meu single Boyzinho. Depois disso, ela me convidou pra gravar também. Me senti muito honrada, ela é foda, faz um som muito massa e são duas nordestinas, né?! Muito especial esse encontro”, conta a pernambucana radicada no Rio.

A potente Jaguatirica Print, que leva o nome do álbum, é uma mistura de brega funk, reggaeton e música eletrônica, orquestrado por seis mulheres poderosas: além de Luísa, Camila Rocha, Kalyne Lima e Preta Langy, o trio da Sinta A Liga Crew, e também Jessica Caitano e Jamila. A música é no estilo cypher e “fala de amor entre mulheres, resistência feminista, respeito pelos nossos corpos, tudo de maneira direta, lírica afiada e uma variedade de flows muito rica”, conta Luísa. Depois vem Olhos de Tocha, um brega funk bem dançante pra decorar o passinho, música que em breve vai ganhar videoclipe com a participação do dançarino Yrlan Souza, popularmente conhecido pela sua coreografia ''Teile e Zaga'', assista ao teaser aqui


Para a próxima canção, Garota Ligeira, em parceria com Luê, Luísa foi buscar memórias de sua infância na praia. Com refrão em francês, ela conta que “a sonoridade foi concebida como uma paisagem sonora tropical que passeia pela música caribeña e também faz referências a timbres dos carnavais fora de época do Nordeste nos anos 90”.

Furtacor, primeiro single lançado do álbum, "aborda um romantismo sem clichês, livre, leve e solto. Traduz a liberdade de viver o amor nas suas diversas formas", conta. Bregão, com toques de arrocha, é canção pra dançar de rosto colado. 

A última música do disco com participação especial é Sol em Câncer, que traz Catarina Dee Jah e mistura xote, dub e música eletrônica experimental na construção do beat. Juntas elas cantam sobre o movimento de êxodo do nordeste para o sudeste e a vida de luta e trabalho das mulheres nordestinas nas grandes metrópoles brasileiras. 

Na sequência vem Algoritmos, um dub envolvente que também mergulha no tema das dificuldades e desafios de viver em São Paulo. Fechando o álbum, o dub digital LikeAttack, faz uma crítica irônica ao mundo superficial do Instagram, no qual as pessoas vivem em função de conseguir cada vez mais seguidores, aumentar o engajamento, entre outros objetivos que se renovam a cada dia.


FICHA TÉCNICA  JAGUATIRICA PRINT:
Luísa e os Alquimistas: Luísa Nascim, Gabriel Souto, Pedras, Zé Caxangá, Pedro Regada, Carlos Tupy e Tal Pessoa
Direção Artística e Musical: Luísa Nascim 
Produção Musical e Mixagem: Gabriel Souto e Pedras
Participações: Catarina Dee Jah, Doralyce, Izy Mistura, Jamila, Jéssica Caitano, Luê e Sinta a Liga Crew
Músicos convidados: Léo Fasio (Descoladinha) e Rafael Melo (Furtacor) 
Masterização: Luiz Café 
Estúdios de Gravação: Red Bull Station, Cigarra e Suame 
Técnicos de Gravação Red Bull Station: Alejandra Luciani, Funai Costa e Éric Yoshino
Selo: Rizomarte Records 
Distribuição Digital: ONErpm 

Direção de Arte: Thiago Trapo e Mole Enterprise
Identidade Visual e Material Gráfico: Thiago Trapo
Fotografias Encarte: Rudá Melo
Styling: Mole Enterprise
Confecção de Figurino: Ruth Wünsch
Fotos de Divulgação: Luana Tayze 

Assessoria de Comunicação: Café 8
Gestão do Projeto: Erva Doce Produções
Assistência de Produção: BaseB Cultura&Entretenimento e Rizomarte
Patrocínio: Natura Musical 

Gravado entre abril de 2018 e junho de 2019


FICHA TÉCNICA CAPA:
Fotografia: Rudá Melo 
Direção de Arte: Mole Enterprise e Thiago Trapo
Identidade Visual e Material Gráfico: Thiago Trapo
Styling: Mole Enterprise
Confecção de Figurino: Ruth Wunsch


LINKS:
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SOBRE LUÍSA E OS ALQUIMISTAS:
Luisa e os Alquimistas
surgiu na cidade de Natal/RN e é liderada pela cantora e compositora potiguar Luisa Nascim. Ela fixou residência em São Paulo em 2018 e, desde então, se divide entre os alquimistas que permaneceram em Natal-RN e os que ela conheceu em São Paulo. Na estrada desde 2015, o primeiro disco, “Cobra Coral” (2016), revelou o nome do grupo na imprensa especializada e o levou para diversos palcos da região Nordeste, como DoSol (RN), MADA (RN), Recbeat (PE), Festival Gama (PB), Baile Perfumado (PE), dentre outros.

Para lançar “Vekanandra” no ano seguinte, Luísa se associou ao selo Rizomarte, que ajudou a promover uma campanha de financiamento coletivo para a gravação do álbum. E, da colaboração entre Luísa (compositora e vocalista), Zé Caxangá (synth e guitarra), Gabriel Souto (bases eletrônicas, mpc e efeitos de voz) e Pedras (baixo e samplers), além da produção musical de Walter Nazário (Mahmed e Igapó de Almas), nasceu um álbum que transita entre o universo do pop underground, da música eletrônica nordestina, passando pelo soul e por influências jamaicanas. 

Em São Paulo, Luísa se encontrou com os alquimistas Pedro Regada, Thales Pessoa e Carlos Tupy, que a acompanham nos shows na região Sul/Sudeste. O grupo apresentou-se em palcos como Estúdio Showlivre, Vento Festival (SP), Picnik (BSB). Conexidade (RJ), Felamacumbia (GO), Mundo Pensante (SP), dentre outros. Além disso, fez parte dos showcases diurnos da SIMSP 2018 e teve a música que dá nome ao segundo álbum como trilha sonora oficial do evento.

O terceiro disco de Luísa irá se aprofundar nas sonoridades de sotaque nordestino que vem sendo desenvolvidos entre Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará e, assim, a artista vai fortalecer ainda mais a característica da banda, que é a conexão entre o pop e o alternativo, algumas músicas, inclusive, já estão sendo apresentadas ao vivo com uma ótima resposta do público. O projeto ainda contará com lançamentos de clipes e shows pelas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.


SOBRE NATURA MUSICAL:
Natura Musical
é a principal plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu R$ 132 milhões no patrocínio de 418 projetos - entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. O último edital do programa neste ano selecionou 50 projetos em todo o Brasil, entre artistas, bandas e coletivos. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música e comportamento para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente para a rica e pulsante produção musical brasileira.



Encaminhado por: Assessoria de Imprensa Luisa e os Alquimistas | Natura Musical | Café8
Fonte da imagem: Divulgação | foto de Luana Tayze



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