Supersônicas

O Brasil sortido de Célia & Celma

sexta, 16 de junho de 2017

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Mineiras de Ubá, bacharéis em Educação Musical pelo Instituto Villa Lobos carioca, alunas de folclore do professor Edison Carneiro, as gêmeas cantoras Célia e Celma mapeiam o país sonoro no novo CD “Canto com C” (Gênesis).

Titulares de um programa do Canal Rural, dedicado a MPB, entre 1998 e 2007, elas gravaram, entre outros discos, uma antologia da música caipira (“Caipirarte”, 1996), “Ary mineiro” (1997), sobre a obra do ubaense ilustre Ary Barroso, e “Brasil na mesma toada” (2001).

O novo álbum, com arranjos de Edmilson Capelupi, capa do mineiro Ziraldo, “resume nossa andanças Brasil a dentro”, garantem. Traz adaptações de “Toadas de congo” (do Espírito Santo, conhecida como Banda de Índios), “Cantos de congado” (auto popular de motivação africana, de Minas Gerais), “Cavalo marinho” (folguedo da Zona da Mata de Pernambuco), “Cana verde” (vindo do Minho, Portugal, localizada no Ceará, em 1919), “Carimbós de Marapanim” (do Pará, de fusões luso/ africanas/ indígenas), “Curraleira” (dança com sapateado, de Goiás) e “Chulas da Pitangueira” (samba de roda, Bahia).

Além das recriações das próprias intérpretes, também co-autoras com o percussionista Papete de “Calangocê” (MG) e “Tá na hora da catira”, com Inimar dos Reis (SP), Célia & Celma ainda visitam outros autores com o mesmo apuro e ecletismo. Como o gaúcho Telmo Lima de Freitas, da chimarrita “Menina lavadeira”, Pinto do Acordeon, do paraibano “Coco no pé” (com Ajalmar Maia) e Celito (irmão de Tetê) Espíndola, do chamamé de Mato Grosso do Sul, “Quero-quero” (com Dino Rocha e Paulo Simões). 

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