As Canções que Você Fez pra Mim

O Bum Bum Paticumbum Prugurundum de Beto Sem Braço

Segunda, 27 de maio de 2024

Compartilhar:

Carioca nascido em 1941, Laudemir Casemiro ou melhor, e por extenso Beto Sem Braço foi um dos maiores craques do samba do Brasil. O pseudônimo que fez a fama do sambista ocorreu por conta de uma fatalidade. Aos fatos, pois: ainda criança, o beto caiu de um cavalo e teve que amputar o braço direito – certa feita, perguntado por que se chamava “Beto Sem Braço”, mandou à queima-roupa: “É porque eu sou estrábico!”. O ex-feirante teve seu primeiro sucesso gravado nos anos 70, quando o cantor Oswaldo Nunes ( compositor do carro-chefe do Bafo da Onça “Oba”) gravou “Ai, que vontade”. Treze anos depois, “Camarão que dorme a onda leva” (de Beto Sem Braço, Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz) arrebenta na voz de Beth Carvalho. Pouco tempo depois, contrariado com a desclassificação do seu samba para o carnaval de 1988 (com o enredo “Para com isso, dá cá o meu”), resolveu a questão à bala, atirando no então presidente do Império Serrano, Jamil Cheiroso e no vice-presidente, Roberto Cunha.

Autor de seis sambas que embalaram os desfiles do Império Serrano, incluindo clássicos como “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” e “Mãe baiana mãe”, ambos com Aluísio Machado. Em 1992, ocorreu a última vitória no certame de samba do Império Serrano, quando a agremiação estava no Grupo de Acesso. Com um samba de enredo cheio de salamaleques, contando a história da própria escola, o sambista fez sua última declaração de amor à agremiação da Serrinha. Cante comigo:“Sou Império sou patente / Só demente é que não vê / Do samba sou expoente / Abra meus livros, pois tu sabes ler”. O sambista cantou pra subir no ano seguinte, vítima de tuberculose.


Divulgue seu lançamento