Supersônicas

O inovador Jongui de “Elétrico fio que teço”

por Tárik de Souza

quarta, 27 de setembro de 2017

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Fundador do selo indie Net Records, que já trabalhou com Daúde, Lulu Santos, Macalé, Vulgue Tostói, Zeca Baleiro, Rita Benneditto, o compositor, produtor e cantor Jongui, quase três décadas de música, vai lançar seu primeiro álbum solo, “Elétrico fio que teço” (YB Music), dia 6 de outubro, no Teatro Ipanema.

Capa CD Jongui - Elétrico fio que teço


“O público se sente abraçado pela sonoridade”, descreve ele, após testar este repertório ao vivo. Na nova incursão, ele vai tocar berimbau e atabaque, acompanhado por um quarteto de câmara e sintetizadores, num estilo que define como “batuque synth”.

O músico e compositor Lucas Santtana, disseca a pororoca sonora do álbum:

“É o encontro entre o batuque ancestral afro brasileiro, poesia, cordas, sopros, batidas e sintetizadores. Escuta, reflexão, concentração e sensibilidade para desbravar novos caminhos. E até, sem gênero, música de invenção”, lacra ele.


Fonte da imagem: http://bit.ly/2k3oPyx

Um vanguardismo bem calibrado, cujo encarte expõe artes plásticas igualmente provocadoras, de Guga Ferraz, Cabelo, Mari Bley, Lia Valderato, Nina Moraes, Aleta Valente, Celina Portela. E dispara contra a falência múltipla de órgãos da cidade do Rio, em “Passeio de São Sebastião”: “Na praça, um trapo/ um afago, a traçante/ é franco o achaque/ e um troco picado/ lá se vai o flagrante”.

Como diz o título, em câmara lenta, “Passo a passo” desliza em cama de cellos, e inesperados eufonio e trompa. Calcado nos atabaques, “Aceso” sentencia: “a bordo de mim / sou o centro do mundo / e a periferia de tudo”. No contraritmo de “Querer”, o manifesto estético do solista: “Digo e repito/ sei que não quero/ futuro velho pra carregar”.


fonte da imagem: https://glo.bo/2k2wcGm 


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