Supersônicas

O nômade afro samba funk rock de Rogê

terça, 20 de março de 2018

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Cantor e compositor carioca, Roger José Cury, o Rogê, estudou música na UNIRIO. Estreou em 1998, com “Rogê & BandaVera”, e em 2003, lançou o solo “Rogê”, escoltado por parceiros ecléticos como Seu Jorge, Gabriel Moura, Duani, Jovi Joviniano, Zé Ricardo e Francisco Bosco. Vieram outros. “Brasil em brasa” (2008), “Fala geral” (2010), “Brenguelé” (2012), e mais parceiros como Arlindo Cruz, Baia, Luis Carlinhos, Mombaça, Pretinho da Serrinha, Alvinho Lancellotti, Marcelinho Moreira, Leandro Fab.

Em “Nômade” (Independente), ele une a ginga de seu samba misturado ao funk e samba rock, com assinaturas poderosas como a de Nei Lopes na afro caribenha “Diáspora negra” (“ecos da infernal travessia/ geram eletrizantes canções/ versos de alta filosofia/ metas de grandes revoluções”), com declamação de Jorge Aragão. Em “O escambau”, o baixista africano, de Camarões, Richard Bona, parceiro da composição ao lado de Rogê e Gabriel Moura, adiciona sua língua a babel de raças da letra, otimista, ao contrário da anterior. O piano de Sérgio Mendes borda “Lina linda”, regada por corinho dançante. Na guitarra e violão do solista e autor da composição, “Pra você amigo” reverbera o seminal Jorge Ben Jor.

O samba rock também pontua “Paz & Amor” (parceria com Gabriel Moura, Leandro Fab e Pretinho da Serrinha) e “Meu seguimento”. Parceria com Arlindo Cruz, de letra pontiaguda, “Deixa de ser criança” (“Atiraram o pau no gato e foram apanhados/ O Pai Francisco quase roda com seu violão/ com soldados de papel marchando sem noção") samba no cavaco e percussões de Pretinho da Serrinha. Já “Imigrantes”, outra parceria da dupla, remete a viajante “Bye bye Brasil”, de Roberto Menescal e Chico Buarque. O CD fecha em “Erê afro Powell”,  vinheta instrumental, só com o violão do solista, em homenagem a Baden Powell, o criador dos afro sambas com Vinicius de Moraes.


Fonte da imagem: Facebook | Reprodução

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