O pêndulo poético de Lugó

Cantor, violonista e compositor paulistano, Márcio Lugó desembarca “Pêndulo” o terceiro título autoral, após “Desacelera” (2010) e “Liberdade aparente” (2013).

O disco foi co-produzido por ele e Rafa Moraes, responsável ainda por guitarra, baixo, sintetizador, programações e efeitos, além de quase esotéricos bleepdrum e nebulophone na faixa “Poesia digital” (“sem arrependimento/ um alvo que aceita a flecha/ que revela o corte/ e acha uma saída”), baseado na obra de Paulo Aquarone.

O roteiro equilibra-se de forma pendular “entre as certezas da ciência e as incertezas da vida”, como diz o texto de apresentação. “O sobrevivente” alfineta, entre ondulações melódicas: “A indiferença é o que rege a população/ de passado e futuro desacreditado/ agora é esperança de revolução”.

E há ainda “Ninguém é igual a ninguém”, “Ainda é pouco”, “Passe bem” e “Pequenas intenções”.