Ponteio

O que era destaque há 50 anos na MPB

quinta, 02 de fevereiro de 2023

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O ano de 1973 é simbólico para nossa música. Um Brasil ainda sob as mãos do regime militar, viu emergir novos talentos e revelações como legítimas novidades no campo das canções entoando grandes sucessos. Por outro lado, perdas e despedidas que empobreceram este cenário.

Começando por quem nos deixou há de se destacar Pixinguinha, um dos maiores nomes da nossa música, que faleceu em 17 de fevereiro de 1973, um domingo de carnaval, aos 75 anos. Considerado o pai do choro brasileiro, Pixinguinha participou do nascimento do samba junto com João da Baiana, Donga e tia Ciata. Criou o grupo os Batutas, o primeiro conjunto brasileiro a excursionar para fora do país. E além de "Carinhoso", deixou músicas incríveis como “1x0”, “Lamento”, “Carinhoso” e “Rosa”. Ainda em 73, o samba perderia Cyro Monteiro, cantor e compositor, famoso por estar sempre acompanhado de sua caixa de fósforo

Contudo, o ano de 1973 foi também marcado por surgimento de grandes artistas. É o ano em que Luiz Melodia lança seu primeiro álbum: Pérola Negra, um dos grandes álbuns da história da MPB, onde Melodia mescla elementos de diversos estilos caracterizando as suas origens e refletindo influências de blues, rock, soul e do samba.

Este ao ainda marcou o surgimento de uma das maiores bandas da história do Brasil: Os Secos e Molhados, banda formada por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad e que trouxeram um som autêntico e inovador para o país. Logo na estreia, a banda produziu um disco histórico considerado um dos melhores LPs da história da música brasileira que tem contempla: música, folclore brasileiro e português, psicodelia e poesia. Das 15 obras mais executadas de 1973, três são da banda: “O Vira”, “Sangue latino” e “Rosa de Hiroshima”.

Outro disco histórico que foi lançado naquele período é “Krig-ha, Bandolo”, o primeiro álbum solo de Raul Seixas. Lançado em julho, "Krig-ha, Bandolo”, é o principal disco de Raul e trouxe inúmeros sucessos como “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante”, “Al Capone” e “Ouro de Tolo”.

Ainda naquele ano tivemos como destaque Benito di Paula e sua carnavalesca “Retalhos de Cetim”, “Eu Só Quero um Xodó”, de Dominguinhos e Anastácia, que marcou na voz de Gilberto Gil, e a inesquecível “Uma Vida Só”, de Odair José, que pediu para que sua companheira parasse de tomar a pílula anticoncepcional. 

Pois estas e outras canções são os destaques do ranking das mais executadas de 1973! A lista completa você acompanha ouvindo o Ponteio deste mês! Basta você acessar o link abaixo! Boa audição!

 

Ouça PONTEIO - 28/01/1973 - ESPECIAL 1973

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