Supersônicas

O violão e a obra de Gilvan de Oliveira em songbook

por Tárik de Souza

quarta, 03 de janeiro de 2018

Compartilhar:

Da vertente mineira do violão brasileiro, ao lado de Toninho Horta, Juarez Moreira, Geraldo Vianna, Wilson Lopes e o recém falecido Chiquito Braga, entre outros, Gilvan de Oliveira tem sua obra disponibilizada num alentado songbook. A música de Gilvan de Oliveira (Natura Musical, 236 pgs) traz 33 partituras do compositor direcionadas para instrumentos em dó, si bemol, mi bemol e clave de fá, além de dois CDs com 35 faixas.

Também arranjador, cantor, professor e diretor da Música de Minas Escola Livre, criada por Milton Nascimento e Wagner Tiso, em 1983, e atualmente coordenador e mestre da Bituca Universidade de Música Popular, de Barbacena, desde 2004, Gilvan estudou na Escola de Música da UFMG e no Guitar Institute of Tecnology, de Los Angeles, EUA. Tocou com expoentes da MPB como Paulo Moura, Gilberto Gil, Dori Caymmi, Milton Nascimento, Chico César, Elomar, Heraldo do Monte, Renato Teixeira, Dominguinhos, Leila Pinheiro, Belchior, Yamandu Costa, Elza Soares e Renato Borghetti. Tem oito álbuns solos gravados: “Cordas e corações” (1989), “Vinicius nas cordas de Gilvan” (1990), “Retratos” (1993), “Sol” (1995), “Violão cantor” (1996), “Traquina” (1997), “Violão caipira” (2003) e “Pixuim” (2010).

Seu talento autoral multifacetado salta das 35 faixas dos CDs encartados no songbook, onde ele dialoga com Felipe Moreira (piano), Ricardo Fiúza (teclados), Esdra “Neném” Ferreira, Lincoln Cheib e Marcio Bahia (bateria), Kiko Mitre, Enéias Xavier, Adriano Campagnani e Ivan Correa (contrabaixo), Serginho Silva, Gilson Silveira e Marcio Batista (percussão), Paulo Marcio (trompete), Mauro Rodrigues (flauta), Aglailson França e Marcos Flavio (trombone), Cleber Alves e Vinicius Augustus (sax tenor), Paulo Marcio (flugelhorn), Daniela Rennó (vibrafone). Em “Garoto Dominguinhos”, Gilvan contracena com o genial sanfoneiro pernambucano homenageado na faixa, e no “Xote da Crioula”, com o virtuose carioca radicado em São Paulo, Oswaldinho do Acordeon. “Saudade porteña” trafega pelo tango com Rufo Herrera (bandoneon). Outras faixas: “Acalento”, “Agente 00Silva”, “Em terra de cego quem tem cinema é doido”, “Sambaden”, “Samba do Neném”, “Ave Maria caipira”, “Marcha para o esquecimento”, “Um dia fora do tempo”, “X-Blues”, “Saudades do Led Zep”, “Toninho’s bossa”, “Corações vermelhos”, “Tirana da partida”.

Comentários

Divulgue seu lançamento