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Rodrigo Faour entrevista Beth Carvalho

segunda, 05 de fevereiro de 2018

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Influenciada pela Bossa Nova, gravou o seu primeiro compacto simples, em 1965, com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Bastou que Martinho da Vila abrisse os caminhos de Beth Carvalho para o samba, que ela passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos. Levou a música brasileira para todos os cantos do mundo! Já foi enredo de escola de samba, Beth e a Unidos do Cabuçu foram as primeiras campeãs do recém-inaugurado Sambódromo, em 1984; viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral. Inovadora, Beth Carvalho tem talento para descobrir pessoas e é elogiada pelo seu repertório.

Ganhou o título de "Madrinha do Samba" por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e três anos depois fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”. Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Um marco importante para a história da música nacional, está no primeiro registro do pagode do Cacique de Ramos, nos anos 70, com o disco "Beth Carvalho na Fonte", trazendo com ele um novo som para o samba ao introduzir instrumentos populares como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique.

Às portas do Carnaval, Rodrigo Faour nos dá de presente uma entrevista arquivada por longos 10 anos! Aqui, ela revela seu gosto por cantar o samba de raiz em torno das mesas de quintais, terreiros e quadras, nos pagodes que reúnem os melhores partideiros, músicos e poetas do gênero. Relembra os álbuns consagrados de sua carreira, como "Andança", "Muito na Onda" e seus primeiros álbuns de samba "Canto por um novo dia" e "De pé no chão" (que, segundo a própria Beth, é o divisor de águas). Os temáticos "Traço de União" e o álbum que revelou Zeca Pagodinho, "Suor no Rosto". Ela fala sobre os artistas que a inspiraram, sobre a sua transição da bossa pro samba, conta em detalhes das músicas e como elas surgiram em cada álbum, declara como ela venceu o machismo no samba, no álbum "Nos Botequins da Vida", com a música "Olho por Olho"; tipo de samba com esse enfoque era muito raro!

Chega de conversa e vamos pro vídeo, que tá muito bom!



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