Supersônicas

Silvio Cesar reafirma o talento diversificado em “Viagens paralelas”

por Tárik de Souza

terça, 05 de dezembro de 2017

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Cantor e compositor projetado nas hostes do sambalanço (“O que eu gosto de você”, “Olhou pra mim”, “Amor demais”, “Preciso dar um jeito”, “Parti”) no começo dos anos 1960, o mineiro Silvio Cesar abriu o leque de estilos. Do megaclássico romântico “Pra você” (do achado, “ah se eu fosse você/ eu voltava pra mim”), gravado até por Roberto Carlos, que também registrou “Moço velho”, a “Mônica”, “Saudade”, “Cantiga antiga”, “Minha prece de amor”, o pré-rap “As menininhas do Leblon” (por Wilson Simonal) e sambas como “Beco sem saída”, “Verde e rosa” e o precursor feminista “Seu José” (“aprendeu que na mulher/ não se bate nem com uma flor”). Ele está de volta com o CD independente “Viagens paralelas”, que autografa nesta terça-feira, dia 5, na livraria Blooks, no Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo, no Rio.

O cardápio mais uma vez é variado, com os convidados adequados a cada faceta do autor, como Zeca Pagodinho, no gingado “O bom malandro”. A parceria é de Silvio com Dora Vergueiro, que divide o vocal com o solista em “A metade vale o dobro”, que ele compôs com o pai da cantora, Carlinhos Vergueiro. Fábio é co-autor de “Só você amor”, para a voz rasgada de Alcione. A suingante Leny Andrade dueta em “Loucura e razão”, entre o bolero e o jazz, ralentada como “Teatro” parceria de Silvio com o soulman Hyldon. Só dele são ainda a fatalista “Sim, eu vi”, “Se eu pudesse”, “O meu maior segredo”, a radiosa “Esperança”, e a faixa título.

O instrumental também é de primeira linha sob direção musical, arranjos e piano (e eventual acordeon) de João Carlos Coutinho, baixo e violão de Alex Malheiros. E mais, Claudio Infante (bateria e percussão), Paulinho Trumpete (flugelhorn, trombone, trompete e arranjos de metais), e participações de Widor Santiago (flautas), Marcelo Bernardes (sax soprano), e Pedro Monteiro (cavaquinho). 

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