“Sol futuro”, de Adriano Magoo, tem ecos espaciais da NASA

Pianista, acordeonista, compositor e arranjador, com atuações ao lado de Zeca Baleiro, Tetê Espíndola e o Trio Croa, agora integrando o grupo Balaio, convocado pelo trompetista americano Randy Brecker, Adriano Magoo estréia no CD autoral “Sol futuro” (Saravá Discos).

O álbum conta com participação parceira do produtor Evaldo Luna, que fornece ambiências e loops, alternando samplers e profundidades sonoras e espaciais, captadas pela NASA. O elenco instrumental varia a cada atmosfera. Tem enérgicos pifes (e flautas) de Hugo Hori, nos negaceios de “Cinco e meia em Maceió”. O sax soprano de Dado Magnelli desenha os arabescos de “Olha o choro aí”, calçado por Fi Maróstica (baixo), Wlajones Carvalho (percussão) e Cuca Teixeira (bateria). Em “Cordillera” escalam os cumes Tiquinho (trombone) e Sidmar Vieira (trompete). Rola até uma “Cerrado’s rumba”, com requebros de tablas digitais de Nivaldo. Na futurista faixa título, Magoo divide-se entre teclados Rhodes, baixo e violões, num trajeto instrumental que prioriza abismos e vertigens às calmarias e remansos.