Supersônicas

Uma história do violão por Marcia Taborda

por Tárik de Souza

quarta, 02 de agosto de 2017

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A história social do violão na cultura carioca foi rebobinada pela violonista e professora da Escola de Música da UFRJ, Márcia Taborda, no DVD “Viola e violão em terras de São Sebastião” (Independente), gravado em aula espetáculo, em junho de 2016, na sala Guiomar Novaes, anexa à sala Cecília Meireles, na Lapa.

Ao longo de 47 minutos, Marcia narra a história do instrumento, que chegou ao Brasil ainda como uma viola de arame de quatro ordens de cordas. No século dezessete, ganhou mais um par de cordas e se transformou no instrumento ainda hoje presente nas modas de viola do sudeste e centro oeste e repentes nordestinos. O périplo passa por lundus, modinhas, maxixes até o samba, o samba canção e a bossa do banquinho e o violão.




Autora do livro “Violão e identidade nacional: Rio de Janeiro 1830-1930” (Editora Civilização Brasileira, 2011), mestre do instrumento com tese de dissertação sobre o mago Dino 7 Cordas, Marcia vai lançar o DVD em show, dia 16 de agosto, na Casa do Choro, no Centro do Rio. O duo formado por Gabriel Improta (violão) e Almir Corte (bandolim) tocará “Jorge do Fusa”, uma das obras primas do revolucionário Garoto, enquanto a própria Marcia escolheu “Itanhangá” e “Abraçando Chico Soares”, homenagem de Paulinho da Viola ao fabuloso Canhoto da Paraíba, que ela dividirá com o violonista João Camareiro.

No roteiro do DVD, ainda, do “Corta jaca”, de Chiquinha Gonzaga, que escandalizou o Palácio do Catete, dedilhado pela instrumentista e cartunista Nair de Teffé (1886-1981), mulher do então presidente Hermes da Fonseca, a “Cordão de prata”, de Brasilio Itiberê, como executado por outra pioneira, Olga Praguer Coelho, para quem Villa Lobos criou a versão da “Bachianas no. 5”, e que foi casada com o virtuose espanhol Andrés Segovia. 


Fonte da Imagem: http://bit.ly/2wmJRcz, http://bit.ly/2u5tg0c 

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