Supersônicas

Viola de mutirão - do sertão ao mundo

Lançamento de Chico Lobo

Quinta, 6 de abril de 2017

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Participações de Maria Bethânia (“Maria”), Renato Teixeira (“Meu chão”), Quinteto Violado (“Acorde brasileiro”), Paulinho Pedra Azul (“Tempo de colher”) endossam o título do disco do violeiro mineiro de São João Del-Rei, Chico Lobo, “Viola de mutirão – do sertão ao mundo” (Kuarup). 

Essencialmente autoral, com exceções dos clássicos “Asa branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (com João Araújo) e “Disparada”, de Theo de Barros e Geraldo Vandré , o disco ressalta a altissonante sonoridade deste instrumento pouco explorado na área urbana, hoje coalhada de sertanejos pop. 

Em “Catira ligeira” (“Duas, três voltas pro santo/ mais um recortado pra esse palmeado”) a viola encordoa a batida cadenciada do ritmo interiorano marcado por pés e palmas. 

“Batuque de terreiro” dialoga com cavaquinho e percussão de samba. E “Sina” (“quando eu sai de casa/ os olhos do meu pai/ ficaram rasos d’água/ mas ele disse, filho vai”) sublinha a saga do retirante, dedicada aos pais do compositor, Aldo Lobo e Nieta

“Maria”, composta para Bethânia em homenagem a seus 50 anos de carreira, foi gravada num vídeo caseiro e a cantora derramou sua voz sobre a viola do solista: “Lua branca que alumia o breu desta solidão/ minha alma brasileira se desmancha em devoção/ canto sagrado se escuta nas veias do coração”.

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