Zé Renato canta Paulinho da Viola no Teatro Rival

Cantor e compositor estreia no Rio, dia 8 de fevereiro, o show de seu recém-lançado CD "O Amor é Um Segredo"

domingo, 02 de fevereiro de 2020

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Emerge a beleza. Emerge a delicadeza. Da tristeza dessa cidade submersa do Rio de Janeiro, inundada por Paulinho da Viola em 1973 - e mergulhada por Chico 20 anos depois - é pelas mãos e pela voz de Zé Renato que a beleza e a delicadeza emergem. Um capixaba que já fez dessa cidade submersa seu lugar, de tanto que se fundiu a ela.

E quem dirá que beleza e delicadeza não são um veículo político, em uma cidade que, além de submersa, vê-se também soterrada pelo embrutecimento das relações e pela banalização da violência? Pois o cantar sereno, leve e preciso de , se permitindo filtro da suavidade de Paulinho, talvez esteja entre o que há de mais necessário no momento. O código de uma tristeza tão ancestral quanto necessária.

"Optei por nove sambas, boa parte deles não tão conhecidos. Nas escolhas que fiz, há também uma explícita dose de tristeza - tristeza que, a meu ver, percebe-se nos mais lindos sambas que conheço. A tristeza é senhora, disse Caetano".

Assim apresenta as canções de "O Amor É um Segredo - Zé Renato Canta Paulinho da Viola". Um segredo que se decifra em símbolos desde a capa até a assinatura inconfundível de Paulinho nas melodias das faixas, representações metonímicas dele próprio, cada uma delas.

Foi pra preservar essa aura daviolesca que gravou o disco em registro íntimo, com voz e violão gravados simultaneamente, sobre os quais alguns elementos pontuais foram inseridos, como o sax de Spok, em "Lua", "Só o Tempo", "Foi Demais" e "Para Um Amor no Recife", o trompete de Fabinho Costa em "Cidade Submersa" e as percussões leves de Tostão Queiroga, presentes em quase todo o disco.

O novo trabalho de Zé Renato, produzido pelo próprio em parceria com os irmãos Tostão e Lula Queiroga, expõe uma linhagem, uma genealogia, uma nobreza da leveza, que compreende a tristeza e a desilusão, mas é sempre capaz de lapidar a beleza e a delicadeza, outrora naufragadas nas próprias feridas, mas que Paulinho e Zé Renato são capazes de fazer emergir.

"Ou seja, o único jeito é entregar-se sem resistência e deixar-se levar pela tristeza. E assim deixei. Paulinho é um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos. Faz tempo que suas músicas ajudam a embelezar o repertório de inúmeros intérpretes. E agora, modestamente, chegou a minha vez".

Para nossa sorte, .

Por: João Cavalcanti



SERVIÇO:
Show: Zé Renato canta Paulinho da Viola 
Data: 08 de fevereiro, Sábado
Horário: às 19h30
Local: Teatro Rival Petrobras
Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33 - Cinelândia, Rio de Janeiro - RJ
Ingressos online: www.eventim.com.br
Classificação etária: 18 anos



Encaminhado por: Assessoria de Imprensa Teatro Rival Petrobras
Fonte da imagem: Divulgação


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