Nelson Sargento, o rei das 96 primaveras e de toda a eternidade

25 de julho de 1924, na Santa Casa de Misericórdia, na Praça XV, nasce um PRÍNCIPE. 

A mãe, Rosa Maria, INSPIRADORA DE AMORES, faz florescer a nobre flor do samba e, por um dia, o inverno de julho deu espaço à PRIMAVERA ADORADA, que nos trouxe o gênio das artes, Nelson Mattos.

O poeta das letras, das tintas e da música jamais aceitou a condição de PRISIONEIRO DO MUNDO, honrou suas origens africanas, como mago da ancestralidade, previu que o SAMBA AGONIZA, MAS NÃO MORRE!

Nelson, ao som do surdo de uma batida forte do coração verde e rosa, depois de tocar tamborim com dez anos de luz, vestido de azul e branco, no Morro do Salgueiro, tornou-se o NELSON DE TODAS AS CORES!

Mal sabia seu padrasto, Arthur Pequeno, amigo do compositor Alfredo Português, que ao leva-lo para ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA mudaria o rumo de sua história.

Tornou-se REI.  Nelson Sargento é o REI DAS ALVORDAS, A FLOR SEM ESPINHO, que conhece a LINGUAGEM DO MORRO, e conversa com AS ROSAS, nas telas que pinta.

Nelson Sargento não anda, flutua, paira soberano sobre nosso mais profundo imaginário. 

PRESIDENTE DE HONRA, FUNDADOR DA ALA DOS COMPOSITORES DA MANGUEIRA, PINTOR DAS MANIFESTAÇÕES DO SAMBA, MESTRE, SARGENTO QUE FLORESCE REI EM CADA INSTANTE!

Fica decretado, em caráter irrevogável:

- que a partir de HOJE a primavera começa no dia 25 de julho;

- que a patente de Sargento, no território universal do SAMBA, tem status de REINADO;

- que na ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA o coração baterá ao ritmo do SURDO;

- que NELSON SARGENTO é IMORTAL e representa amplamente cada um de nós por toda a eternidade do SAMBA.

Rita Alves.